Xenofobia na África do Sul

Xenofobia na África do Sul – Na crónica da semana passada disse que havia muitos assuntos por abordar no Rancor do Pobre e de lá para cá surgiram muitos outros. Então, hoje vamos falar de dois que são mais ou menos iguais: xenofobia na África do Sul e perseguição de contra palestinianos por Israel.

A África do Sul é um país africano com cerca de 80 por cento da população negra que viveu oprimida pelo regime minoritário branco racista do apartheid durante várias décadas até 1994.

Com o advento da democracia multirracial, o país abriu as portas para contacto com o resto do Mundo, incluindo países vizinhos dos quais a minha aldeia faz parte, depois de várias décadas de confinamento racial.

Entretanto, a população negra, apertada pela deterioração da economia caracterizada pelo elevado desemprego e criminalidade, desenvolveu ódio contra imigrantes, sobretudo africanos, nas comunidades. Para os nativos, os imigrantes tiram-lhes oportunidades de emprego em todos os sectores da economia incluindo o sector informal.

Vive-se um clima de tensão entre negros contra negros.

Em 2008, a tensão culminou com violência na qual mais de 65 pessoas foram brutalmente assassinadas nos bairros dos negros. Sete anos depois, em 2015, houve mais uma onda de violência contra imigrantes nas comunidades negras e de lá para cá a crispação tornou-se permanente.

O governo sul-africano não aceita que há xenofobia na África do Sul contra imigrantes. Fala de aproveitamento da vulnerabilidade dos imigrantes sem documentos legais por parte de criminosos.

Em 2018 o Ministério sul-africano das Relações Exteriores e Cooperação teve encontros com diplomatas em Pretória numa aparente procura de solução para a recorrência da violência contra imigrantes, mas sempre recusando existência de xenofobia.

No entanto, vários estudos publicados mostram haver intolerância cada vez crescente de sul-africanos contra imigrantes.

Nas últimas duas semanas circulam mensagens nas redes sociais indicando que haverá manifestação generalizada esta quarta-feira para expulsar imigrantes ilegais da África do Sul.

Israel tem novo Primeiro-ministro. Chama-se Naftal Bennett, que substitui Benjamim Netanyahu que liderou o pais durante 12 anos, perseguindo e assassinando palestinianos nas terras ocupadas da Palestina desde a guerra de 1967.

Durante a segunda guerra mundial (1939-1945) mais de seis milhões de judeus foram assassinados pelas forças nazis, de Adolfo Hitler, na Europa. O massacre foi motivado por antissemitismo ou medo, preconceito cultural, ideológico, oportunismo e ódio.

O massacre de judeus na Europa conhecido por holocausto foi considerado crime contra a criminalidade tal como o apartheid.

No Ruanda, mais de 800 mil pessoas foram massacradas em 1994 por outros ruandeses por motivações tribais.

Na África do Sul, em alguns casos uma pessoa pode ser atacada simplesmente porque não fala zulu ou xhosa ou porque tem pele mais escura associada a imigrantes.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 16 de Junho de 2021, na rubrica de opinião denominado O RANCOR DO POBRE

Caso esteja interessado em passar a receber o PDF do Redactorfavor ligar para 21 305323 ou 21305326 ou 844101414 ou envie e-mail para correiodamanha@tvcabo.co.mz 

Também pode optar por pedir a edição do seu interesse através de uma mensagem via WhatsApp (84 3085360), enviando, primeiro, por mPesa, para esse mesmo número, 50 meticais ou pagando pelo paypal associado ao refinaldo@gmail.com.

Gratos pela preferência

Compartilhe o conhecimento
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *