Zaitina Raul: Standard Bank
Zaitina Raul – O Banco de Moçambique nomeou hoje Zaitina Raul para as funções de inspectora residente do Standard Bank, instituição bancária de importância sistémica suspensa, por um ano, do mercado cambial moçambicano por “infracções graves”, indica uma nota do regulador.
“Compete à inspetora residente, entre outras tarefas, monitorizar a implementação do plano de acções dos accionistas, acompanhar e analisar os desenvolvimentos no sistema de governação e controlo interno do banco, e participar em reuniões relevantes dos órgãos colegiais”, refere a nota do regulador, que descreve ainda Zaitina Raul como “quadro sénior” do Banco de Moçambique.
A suspensão do Standard Bank do Mercado Cambial Interbancário foi anunciada em 23 de Junho e, no dia seguinte, o banco central moçambicano anunciou a abertura de três “processos de contravenção” contra aquela instituição bancária e dois dos seus colaboradores, nomeadamente Adimohanma Chukwuama e Carlos Madeira, que estão inibidos de exercer cargos em instituições de crédito por seis anos e deverão pagar multas de seis milhões de meticais e 14 milhões de meticais, respetivamente.
O banco comercial terá também de pagar uma multa de 290 milhões de meticais, após a constatação de “infracções graves” durante inspecções, com destaque para manipulação fraudulenta da taxa de câmbio.
Na nota de hoje, o Banco de Moçambique frisa que os accionistas daquela instituição estão a colaborar com o regulador, reiterando também que “todas as operações no sistema bancário decorrem dentro da normalidade”.
Dados do banco central moçambicano divulgados em Abril apontavam o Standard Bank como o terceiro na lista dos três bancos de importância sistémica em Moçambique, numa lista liderada pelo Banco Comercial e de Investimentos (BCI) e em que o Banco Internacional de Moçambique (Millennium Bim) está na segunda posição.
No rácio que mede a importância para o sector, rotulada com a sigla inglesa D-SIB, o BCI encabeça a lista com 278 pontos, seguindo-se o Millennium Bim com 257 e o Standard Bank com 159.
Segundo a Confederação das Associações Económicas de Moçambique – CTA, a maior entidade patronal do país, 45% do volume de importações mensais em Moçambique eram feitas através do Standard Bank, o que está a gerar incertezas no tecido empresarial.
Redactor