Zâmbia legaliza suruma

Zâmbia, mesmo aqui perto de Moçambique, acaba de legalizar a suruma (cannabis sativa) e incentiva seu cultivo como fonte de captacao de divisas e para tratamento médico or parte de quem disso tenha necessidade.

 As empresas interessadas em cultivar e comercializar o produto pagarão uma taxa de 250 mil dólares norte-americanos (cerca de 16  milhoes e meticais) por ano, sendo que as licenças serão emitidas pelo Ministério da Saúde, enquanto a supervisão fica a cargo do Serviço Nacional da Zâmbia.

A formalização da suruma (para nós), liamba (para os angolanos), maconha (para os brasileiros) é um assunto que vinha sendo deba­tido há mais de cinco anos.

Com a aprovação do projecto, vários ministérios reclamaram a titu­laridade da emissão da licença, o que levou o ‘Gabinete’ a reali­zar um processo de votação entre os ministérios da Administra­ção Interna, Agricultura, Saúde, Comércio e outros, tendo a Saúde ganho o escrutínio interno.

Alguns observadores conside­ram que a lei foi aprovada às pres­sas, vaticinando que tenha assim sido por pressão de “grandes empre­sas”.

A suruma é um negócio que vem ganhando espaço em todo o mundo. Em África, de acordo com os dados disponíveis, Marrocos é o que mais arrecada com a venda deste produto considerado ilegal em Mocambique, seguindo-se o Lesoto e o Uganda.

No Marrocos, por exem­plo, o produto já representa 10% do PIB, sendo que emprega mais de 800 mil pessoas.

A nível mundial, o mercado reclamou USD 18 mil milhões, em 2018, e prevê-se que venha a movimentar USD 194 mil milhões até 2026, caso o número de paí­ses que permitem o uso medicinal e “recreativo” da célebre erva verde não aumente mais do que o previsto.

Actualmente, 40 estados per­mitem o uso da droga medici­nal e outros cinco, o recreativo. Estima-se que, nos próximos cinco anos, 60 países poderão liberali­zar a droga.

Na vizinha República da África do Sul, o consumo desta erva é permitido, apesar de oficialmente ser de forma condicionada – em doses limitadas e em locais restritos.

Em Mocambique, o cultivo da erva continua a ser legalmente proibido.

À escala mundial, apesar das múltiplas pesquisas desenvolvidas,  prevalece a desinteligencia em torno desta que é uma das ervas mais famosas do mundo, com alas defendendo a sua legalizacao e outras alinhando pelo diapasao oposto

(Correio da manhã de Moçambique)

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