44 anos de Independência
44 anos de Independência – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu hoje a paz definitiva como o principal desafio de Moçambique, num dia em que o país celebra 44 anos de independência.
“Resgatar a paz duradoura, efectiva e sustentável continua a ser o nosso maior compromisso como país”, disse o chefe de Estado moçambicano.
Filipe Nyusi falava na capital moçambicana durante as cerimónias centrais da celebração do Dia da Independência, que se assinala hoje em Moçambique.
De acordo com o chefe de Estado moçambicano, o compromisso com a paz é partilhado com a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição em Moçambique, e com o qual o Governo tem dialogado para a assinatura de um acordo definitivo, após confrontações militares entre 2014 e 2015, na sequência da recusa daquele partido em aceitar os resultados das últimas eleições gerais.
“Do último encontro que tivemos em Chimoio [centro de Moçambique] resultou a convicção unânime de que é chegado o momento de cessação definitiva das hostilidades militares e o início imediato da reintegração dos guerrilheiros da Renamo”, afirmou o Presidente moçambicano.
As partes estão a prever a assinatura de um acordo de paz definitivo em Agosto, antes das eleições gerais agendadas para 15 de Outubro em Moçambique.
Apesar destes desenvolvimentos no processo negocial com a Renamo, o chefe de Estado moçambicano alertou para a ameaça à paz em Cabo Delgado, onde grupos armados têm protagonizado ataques naquela província do norte de Moçambique.
“Os grupos de malfeitores continuam a engendrar acções de terrorismo, aliciando jovens moçambicanos a revoltarem-se contra os seus compatriotas. Destroem campos de produção, habitações e decapitam homens e mulheres. Reiteramos a condenação veemente a estes atos, que constituem um atentado à nossa soberania”, afirmou.
Durante as festas dos 44 anos da independência o chefe de Estado moçambicano reiterou o apelo às comunidades para que denunciem “qualquer movimentação suspeita”, considerando que as Forças de Defesa e Segurança continuam no terreno em operações para garantir a paz e estabilidade na região.
Os ataques armados no norte de Moçambique começaram em Outubro de 2017, tendo causado a morte de mais de 100 pessoas, segundo dados oficiais.
Com cerimónias em pelo menos todas as capitais provinciais do país, Moçambique celebra 44 anos após a proclamação da independência em 1975 pelo então Presidente Samora Machel, após uma luta de libertação contra o regime colonial português que começou em 1964.
Redacção