Central Térmica de Nacala
Central Térmica de Nacala – O Governo moçambicano aprovou os termos e condições do contrato de concessão da Central Térmica de Nacala, com capacidade máxima de 250 megawatts (MW), para a produção e venda de electricidade.
O dado foi anunciado esta quarta-feira, depois da realização da 34ª Sessão do Conselho de Ministros, na cidade de Maputo.
A central deverá alimentar a rede pública e “contribuir para a exportação de energia”, refere o documento, sem detalhar os termos.
A concessão inclui todo o processo, da concepção, ao funcionamento e gestão da central, além das infraestruturas de transporte de energia e interligação.
A central, um investimento da empresa GL Energy, faz parte de um pacote de projectos apresentados desde 2017 para tirar partido da quota doméstica de gás natural da bacia do Rovuma.
O gás deverá começar a ser explorado e canalizado para terra a partir das jazidas sob o mar, ao largo de Cabo Delgado, nos próximos anos, mas a primeira fase da central da GL em Nacala deverá começar a funcionar ainda antes desse marco.
“A central será construída por fases: na primeira fase será construída uma central de 50 MW, a segunda fase irá adicionar mais 65MW e na terceira fase outros 135 MW, atingindo o total de 250 MW”, lê-se na Avaliação de Impacto Ambiental disponível na Internet.
“As fases dois e três só serão construídas após a disponibilização de gás da bacia de Rovuma. Para a capacidade total instalada, o equipamento de produção será composto por 27 geradores de motores a gás”, sendo que a central será alimentada por um gasoduto previsto no Plano Director de Gás Natural de Moçambique.
O valor de investimento global do projecto, “para a capacidade máxima da central (250 MW), é estimado em 400 milhões de dólares norte-americanos” e “o valor de investimento para a primeira fase (50 MW) estima-se em 90 milhões de dólares norte-americanos “, acrescenta.
Prevê-se que construção da primeira fase do projecto demore 16 meses a partir da data de arranque, a anunciar.
Actualmente, Moçambique tem de importar outros combustíveis para alimentar uma central térmica flutuante de uma empresa privada, ancorada ao largo de Nacala, para assegurar energia fiável no sistema na região Norte, além de também fornecer energia à República da Zâmbia.
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