Certificados de qualidade

Certificados de qualidade – O Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), uma instituição tutelada pelo Ministério da Indústria e Comércio, atribuiu, quinta-feira, 14 de Outubro, na cidade de Maputo, certificados de qualidade a um total de 19 empresas que operam em diversos ramos de actividade no País.

Trata-se de certificados de qualidade das normas técnicas NM ISO 9001 (Sistemas de Gestão de Qualidade), NM ISO 140001 (Sistema de Gestão Ambiental) e ISO 450001 (Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional), cuja atribuição decorreu durante o seminário alusivo ao Dia Mundial da Normalização, que teve como lema “Visão Compartilhada para um Mundo Melhor”.

Para a vice-ministra da Indústria e Comércio, Ludovina Bernardo, que dirigiu a cerimónia de abertura, a certificação é uma ferramenta imprescindível para os processos de produção das Pequenas e Médias Empresas (PME), pois “permite que elas assumam o papel fundamental de industrializar Moçambique, de modo a que o País tenha capacidade de produzir e fornecer bens e serviços de qualidade, com recurso a normas técnicas, assim como capitalizar as oportunidades que isso cria no âmbito do comércio interno e externo”.

Na ocasião, a governante referiu-se ao Programa Industrializar Moçambique (PRONAI) como uma das iniciativas do Governo cuja implementação (com êxito, diga-se) requer a participação activa das PME, sendo, por isso, fundamental que estas façam um esforço adicional para obterem a certificação dos seus produtos ou serviços.

Entretanto, e porque o sucesso do PRONAI não depende exclusivamente das PME, Ludovina Bernardo considerou serem necessárias reformas profundas visando a melhoria do ambiente de negócios, inclusão de empresas nacionais nos negócios ligados ao ramo industrial, capacitação e coordenação entre os sectores público (a todos os níveis) e privado (associações empresariais).

Participantes na cerimónia oficial de entrega dos certificados de qualidade

Por seu turno, o director-geral do INNOQ, Geraldo Albasine, mostrou-se preocupado com o actual nível de certificação, se comparado com o universo de empresas que actuam no País. “Desde que iniciou este processo, em 2011, temos cerca de 100 empresas certificadas, e a nossa perspectiva é de atingir 120 até o fim do ano”.

O director-geral do INNOQ apontou como principal razão para este cenário o facto de a certificação ser vista como um custo pelas empresas, o que constitui um equívoco. “As empresas não gostam de assumir custos, mas a certificação não é uma despesa. É um investimento, e é uma decisão voluntária. Só adere aquela (empresa) que acha que está em condições de obter e manter a certificação”.

“Com o uso de normas técnicas melhoramos a qualidade dos nossos produtos e serviços, diminuímos desperdícios nos processos de produção, garantimos a sustentabilidade da actividade, incrementamos o nível organizacional da empresa, habilitando-a a fornecer produtos e serviços de qualidade, bem como a conseguir aceder a mercados mais exigentes, bem como contratos com grandes projectos”, realçou Geraldo Albasine, quando se referia às vantagens da certificação para as empresas.

Importa realçar que os certificados de qualidade foram atribuídos às empresas Escopil Tecnologia, Incomáti Holding, SW Moz, Intermetal, Neopharma, Mobiserv, Delcam Consultoria e Serviços, Contact Moçambique, Dendustry Technical, Soga Serviços, Marine Inland, ASI, Global NDP, Matemo, Margin Industrial Services, Dugondo Cimentos, Sociedade de Águas de Moçambique, e aos produtos Aqua Plus (Mopani Internacional), Água Fonte Pura (Refrigerantes SPAR) e Malha Sol (Ferpinta Moçambique).  

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