62 alunos afectados
62 alunos afectados pelas devastadoras inundações que fustigaram a província de KwaZulu-Natal, 57 dos quais óbitos já confirmados e cinco ainda dados como desaparecidos, de acordo com dados oficiais hoje divulgados.
Do total das 443 mortes por causa destas intempéries, se inclui um docente, um nutricionista e dois agentes da Polícia, mantendo-se ainda o número de 63 desaparecidos.
Após as curtas férias, por ocasião da Páscoa, as aulas são retomadas esta terça-feira em toda a África do Sul, todavia, em KwaZulu-Natal, parte substancial das 630 escolas afectadas pelas inundações não reiniciarão actividades lectivas, por não reunirem ainda as mínimas condições ou por se encontrarem ainda em zonas inacessíveis.
O Ministério da Educação Básica fez saber que são necessários 400 milhões de rands (1.726.136.000 MZN) para reparar os estragos causados pelas inundações neste sector.
A Ministra do pelouro, Angie Motshega, visita, esta terça-feira (19 de Abril) a província KwaZulu-Natal para se inteirar e avaliar os danos.
Já o novo comandante-geral da Polícia sul-africana, General Fannie Masemola, lamentou a morte dos dois agentes da corporação que dirige.
Masemola referenciou, também, a morte de um cão-polícia em KwaZulu-Natal, na esteira das enxurradas que tiraram a vida a quatro moçambicanos.
Entre os mortos destaca-se, igualmente, a mergulhadora, Busisiwe Mjwara, perdeu a vida quando realizava operações de resgate no rio Msunduzi.
A mergulhadora morreu a tentar salvar um cão-polícia, que também foi arrastado pelas águas violentas.
No início da semana passada um outro polícia, Thandazile Sithole, de 31 anos, perdeu a vida quando a sua casa desabou. Estima-se que 30 agentes da polícia tenham sido afectados pelas enxurradas.
No terreno prosseguem trabalhos de resgate, de reposição de serviços públicos, de apoio ás vítimas e de contabilização dos danos.
O Presidente da Repúbica de Mocambique, Filipe Jacinto Nyusi, já enderecou uma mensagem de condolencias ao seu homólogo da África do Sul, na sequencia da tragédia que devastou KwaZulu-Natal.
Para Nyusi, “este evento extremo do estado de tempo, evidencia os efeitos devastadores das mudanças climáticas que estão a provocar danos severos aos esforços do Governo da África do Sul de recuperar a economia, no contexto da Pandemia da Covid-19”.
“Neste momento de dor e desconforto, em nome do Povo, do Governo da República de Moçambique e no meu próprio, gostaria de endereçar as nossas sentidas condolências a Vossa Excelência, ao Governo e ao Povo da República da África do Sul. A nossa solidariedade vai para as famílias directamente afectadas por esta tragédia sem paralelo”, emfatizou Nyusi. (62 alunos afectados)
RAULINA TAIMO, correspondente na África do Sul