O porto de Richards Bay
O porto de Richards Bay e o de Durban, na província sul-africana de KwaZulu-Natal, têm um concorrente cada vez mais robusto, o porto de Maputo, Sul de Moçambique.
É que o inaugurou, hoje, oficialmente, mais quatro áreas de atracamento de navios, reforçando a sua capacidade instalada para os próximos desafios.
Esta infraestrutura localizada na capital moçambicana em 2021 manuseou 22,2 milhões de toneladas de carga, o maior volume de sempre.
O volume de carga que passou pelo porto cresceu 50% nos últimos 10 anos, sendo que a maioria “são minérios da África do Sul, que são exportados através do porto de Maputo”, segundo Neusa Saranga, directora comercial da Companhia de Desenvolvimento do Porto de Maputo.
Segundo dados do Ministério dos Transportes e Comunicações de Moçambique, o recorde anterior tinha sido registado em 2019, com 21 milhões de toneladas.
O chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi, que presidiu à cerimónia de inauguração dos quatro cais, pediu que se viabilize o empreendimento para que os “milhões de carga” manuseados se traduzam em “mais receita fiscal para o país, emprego para os moçambicanos e oportunidades de investimento”.
“Gostaríamos de apelar para que se olhe também para a diversificação da carga que transita por este corredor” pois vai “garantir a sustentabilidade do porto, mesmo em tempos de oscilações de mercado de certos produtos”, referiu Filipe Nyusi.
Graças à reabilitação dos cais, o porto de Maputo vai poder receber navios de maiores dimensões.
A empresa de construção portuguesa Mota-Engil realizou os trabalhos no valor de 51,7 milhões de euros.
As obras foram feitas na sequência da dragagem que em 2017 permitiu aprofundar o canal de acesso à centenária infraestrutura portuária de Maputo.
Redactor