Mais um adiamento: Zuma

Mais um adiamento do prosseguimento do julgamento do caso de corrupção, que envolve o antigo Presidente da República da África do Sul, Jacob Zuma, foi anunciado esta terça-feira e desta vez agendado para Agosto deste 2022.

É que o avanço do julgamento está dependente da resposta do pedido que Zuma fez para que a presidente do Supremo Tribunal de Apelação, Mandisa Maya, reconsidere a decisão do plenário deste órgão, que chumbou a petição de remover o procurador Billy Downer.

Mas não é somente desta reposta que o início do julgamento está refém. Igualmente vai depender da posição a ser assumida pela equipa de defesa de Jacob Zuma face à resposta de Mandisa Maya.

É que se esta chumbar o pedido, Zuma, na base da lei, ainda pode recorrer ao Tribunal Constitucional, querendo.

Deste modo, os intervenientes processuais voltam à sala de sessões no dia 1 de Agosto, para determinar se recursos de Zuma foram ou não resolvidos.

Em caso de o tiverem sido, o julgamento reinicia a 15 de Agosto, tal como determinou o juiz Piet Koen.

Perante a insatisfação manifestada pelo Ministério Público sul-africano, que diz estar pronto para o início do julgamento, o juiz Piet Koen disse que nada podia fazer porque “o processo de apelação deve seguir o seu rumo”.

Outra batalha que se avizinha é sobre a data de 15 de Agosto, proposta pelo juiz do caso. É que o advogado Dali Mpofu já avançou estar indisponível para esta data. Desconhece-se o posicionamento do juiz em face desta indisponibilidade.

Zuma tem vindo a insistir que a procuradoria sul-africana deve retirar o advogado Downer do caso, acusando-o de parcialidade e de vazar informações vitais sobre o ex-presidente.

O ex-presidente enfrenta várias acusações de fraude e corrupção, juntamente com a empresa de armamento francesa Thales, no caso de compra de armas, nos finais da década de 1990.

Jacob Gedleyihlekisa Zuma, de 80 anos de idade e a empresa Thales já se declararam inocentes. (Mais um adiamento)

RAULINA TAIMO, correspondente na África do Sul