As necessidades do INGD para a época chuvosa
As necessidades do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) para enfrentar a época chuvosa 2022/2023, que se avizinha e que poderá afectar cerca de 2,2 milhões de pessoas em Moçambique já são conhecidas.
O número de pessoas a serem afectadas pelas calamidades é “relativamente alto em relação a época passada”, segundo Luísa Meque, directora-geral do INGD, falando esta segunda-feira (14Nov2022) durante um encontro para a avaliação e aprovação do plano de contingência da entidade.
Segundo a presidente do INGD, o número previsto de afectados deve-se à “grande probabilidade de ocorrência de cheias de magnitude alta” e aos impactos, ainda presentes, da época chuvosa anterior.
“As famílias ressentem-se ainda dos impactos da época passada o que as torna mais vulneráveis”, frisou a responsável.
O INGD tem disponíveis cerca de 5,1 mil milhões de meticais para fazer face à época chuvosa, de um total de 12,5 mil milhões necessários.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.
Na época chuvosa 2020/2021, o país foi assolado por eventos climatéricos extremos com destaque para a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois dos maiores ciclones (Idai e Kenneth) de sempre a atingir o país.
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