Mais de 800 professores regressaram às origens

Mais de 800 professores regressaram às origens – distritos afectados pela violência armada em Cabo Delgado -, no Norte de Moçambique, devido à melhoria da segurança nas regiões.

Esta indicação foi feita esta quinta-feira por uma fonte oficial em Pemba, capital de Cabo Delgado.

O distrito de Mocímboa da Praia conta com 407 professores regressados, Palma com 205 e Quissanga com 203, todos em distritos do Norte de Cabo Delgado, afectados pelos ataques armados, disse Ivaldo Quincardete, director provincial da Educação e Desenvolvimento Humano na província.

O responsável falava na cidade de Pemba, capital provincial, durante a abertura da terceira reunião provincial de planificação do sector.

Segundo Quincardete, 61 escolas encerradas devido à violência nos três distritos retomaram as aulas neste ano lectivo.

“Saúdo aos professores que mesmo em situações adversas impostas pelas calamidades naturais e pelos ataques terroristas trabalham dia após dia sem medir esforços e sacrifícios para garantir que o processo de ensino e aprendizagem decorra num ambiente seguro”, referiu o director.

Um total de 104 escolas, 382 salas de aulas, 54 blocos administrativos, 23 residências de professores e cinco edifícios dos serviços distritais de educação foram destruídos na sequência dos ataques armados em Cabo Delgado, indicam os mais recentes dados do Ministério da Educação de Moçambique.

A província de Cabo Delgado enfrenta há quase seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde Julho de 2021, com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projectos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul de região e nas vizinhas províncias de Nampula e de Niassa.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4000 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED.

Redactor

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