Criadas condições para emissão de documento biométricos
Criadas condições para emissão de documento biométricos (Bilhetes de Identidade e Passaportes) moçambicanos na vizinha República da África do Sul, uma vez recebido o respectivo material, móvel, em Joanesburgo, capaz de ser utilizado em todo o território sul-africano.
A boa nova foi dada este sábado (29 de Julho de 2023) pelo Cônsul-Geral de Moçambique na capital económica da África do Sul, Guilherme Tamele.
Há sensivelmente dois anos que o governo colocou estes serviços à disposição dos moçambicanos que vivem na África do Sul, poupando-os da maçada de se deslocarem ao país para tratar desses documentos. No entanto esta solução não era do agrado de todos, pois os documentos biométricos são, apenas, emitidos no Consulado Geral, que se localiza em Joanesburgo.
Em várias reuniões com as comunidades esta era uma das preocupações sempre apresentada: Os que vivem fora de Joanesburgo são obrigados a gastar elevadas somas de dinheiro para se deslocar a Joanesburgo para tratar de Bilhete de Identidade ou Passaporte. Nalguns casos era o mesmo ou pior que se deslocar a Maputo.
Na reunião havida este sábado, com a Federação das Comunidades Moçambicanas na África do Sul, Guilherme Tamele disse que “já recebemos o equipamento móvel para a emissão dos documentos biométricos e em breve vamos criar brigadas que se vão deslocar às nove províncias da África do Sul”.
O Cônsul-geral de Moçambique, em Joanesburgo, pediu a colaboração dos líderes comunitários para o sucesso do trabalho a ser feito pelas brigadas que vão visitar as províncias sul-africanas. “Vamos evitar fazer deslocar as brigadas para atender a poucas pessoas”, alertou.
Guilherme Tamele recordou ainda que em todas as missões consulares de Moçambique, na terra do rand, é possível fazer-se o registo de nascimento de filhos de imigrantes moçambicanos.
“Os filhos que nascemos aqui no país de acolhimento devem ter pelo menos uma nacionalidade, tal como preconizado na lei”, ajuntou.
Muitas crianças de imigrantes moçambicanos acabam sendo expulsas das escolas por não possuírem nenhum registo muito menos um documento de identificação.
Ao que o Redactor apurou, muitos pais preferem que seus filhos tenham nacionalidade sul-africana, o que não tem sido fácil, pois muitos deles (progenitores) estão numa situação ilegal na África do Sul.
RAULINA TAIMO, Correspondente na África do Sul