Vincada afabilidade das RDF e RNP

Os integrantes da Rwanda Defense Force (militares) como da Rwanda National Police (polícias) desde meados de 2021 (Agosto) destacados para ajudar a combater os chamados “insurgentes” em Cabo Delgado, Norte de Moçambique, continuam a surpreender pela sua afabilidade.

No dia 29 de Outubro passado, uma viatura integrada numa coluna das RDF que fazia o trajecto Mocímboa da Praia-Pemba atropelou mortalmente um menino de aproximadamente dez anos de idade.

O chefe do comboio de viaturas ordenou o desvio para o posto policial montado em Silva Macua, para diligenciar no sentido de se identificar e localizar os familiares do menino sinistrado.

Feitas as diligências, os familiares do rapaz foram localizados e a chefia das RDF responsabilizou-se pelo funeral do rapaz e tem-se desdobrado em atitudes para confortar a família, acto amplamente comentado e elogiado pelos naturais daquela região de Moçambique, de acordo com residentes daquela região que falaram para o jornal Redactor.

A presença e actuação ruandesa – Rwanda National Police – têm permanecido “intocadas” pelas crı́ticas da população de Cabo Delgado, ao contrário das presenças das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e da SAMIM (Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), dando provas que se integram facilmente na província.

Pelo contrário, o desempenho das FADM e da SAMIM tem sido frequentemente criticado pela população de Cabo Delgado e agora igualmente pelo Governo.

Numa posição inédita, um relatório da Defesa de Moçambique, assumido pelo Governo em 8 de Julho deste 2023e remetido aos parceiros da SAMIM, teceu fortes crı́ticas à “performance” dos militares da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Cabo Delgado.

Militares e polícias do Ruanda e soldados de alguns países da SADC estão em Cabo Delgado desde 2021 para ajudar as FADM e a Polícia da República de Moçambique (PRM) a combater militantes armados que se presume estarem associados ao Estado Islâmico, também conhecidos por Al Sunna Wa Jammah, localmente chamados de Al Shabaab, que desde 5 de Outubro de 2017 desencadeiam ataques brutais no Norte de Moçambique.

Redactor

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 01 de Novembro de 2023.

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