As movimentações e os apelos dos insurgentes

Têm se multiplicado, nos últimos dias, algumas “movimentações pacíficas” de grupos armados de inspiração islâmica, em número reportado como “significativo”, durante os quais fazem apelos, alguns deles de cariz político.

A mais recente aparição conhecida terá ocorrido no dia 29 de Outubro passado, altura em que os “insurgentes” terão escalado o distrito de Quissanga e o povoado de Mbanguia e arredores.

De acordo com alguns residentes, os jihadistas apelaram aos nativos para “voltarem e reconstruírem Quissanga” e “evitarem votar no partido Frelimo”, tendo depois regressado às matas.

Outros relatos falam de movimentações de grupos armados de inspiração islâmica por Bilibiza, distrito de Quissanga.

Não é ainda certo se estes homens são provenientes de Macomia, Mocímboa da Praia e Muidumbe, distrito a Norte de Quissanga, onde se tem concentrado o grosso dos ataques insurgentes das últimas semanas.

Casos violentos

Em meados de Outubro foram registados ataques na região de Ilala, distrito de Macomia, com três mortos confirmados.

Em 18 de Outubro, a aldeia de Chinda, em Mocímboa da Praia e a curta distância da base militar das Forças de Defesa do Ruanda, foi atacada por um grupo numeroso de insurgentes e parcialmente destruída, resultando na fuga da população para a localidade de Awasse, de acordo com algumas fontes no local.

Foram reportados vários raptos e um morto entre os habitantes.

Sabe-se que em 20 de Outubro dois pescadores foram raptados em Litandacua, distrito de Macomia, e presumivelmente eliminados, uma vez que nunca mais foram vistos e deles se ouvido falar.

A acção dos jihadistas evidencia uma quebra da sua capacidade ofensiva devido à pressão militar das forças combinadas nacionais, do Ruanda e da SAMIM – Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), mas imprevisível face à sua alta mobilidade revelada.

Persistem dúvidas sobre se os ataques nos distritos do Norte são perpetrados pelos mesmos grupos em movimento constante ou por células distintas.

A prioridade do Governo de Moçambique é a contenção e cerco da área de actuação dos insurgentes, mantendo-os afastados dos principais centros urbanos e do distrito de Palma, para minimizar as razões que poderão levar à prorrogação da suspensão dos projectos de GNL neste distrito.

Redactor

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 01 de Novembro de 2023.

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