Mano Arlindo, vítima do regime – JÚNIOR RAFAEL

Mano Chissale, meu caro, despedir-se de você é como assistir ao último episódio de uma novela: ninguém sabe o que realmente aconteceu, mas todo mundo tem uma teoria. Foi fulano? Foi sicrano? Ou será que a banda de Makonde viu você indo directo pra Hollywood? O certo é que você saiu de cena sem dar tchau, igual ao Mano Mbaruco, que nem spoiler deixou. 

Mas cá entre nós, o enredo que você viveu foi digno de Netflix — cheio de reviravoltas, acção e aquele drama que faz qualquer um segurar a respiração. Inteligente como era, até as árvores na floresta cochichavam: Ali vai um moçambicano com a cabeça tão brilhante que poderia iluminar Cabo Delgado e Nampula sem precisar de gerador.

Sua garra? Ah, essa vai deixar saudades. Era aquele tipo de determinação que podia mover montanhas ou pelo menos desviar uma estrada. Você tinha a receita certa pra tudo: coragem com pitada de ousadia, regada com muito senso de humor. Agora, só falta um capítulo final pra essa novela sem roteiro, porque nós aqui ainda estamos assistindo, sem saber quando os créditos vão rolar.

Enquanto isso, vamos rindo, porque rir é nossa resistência, e sua memória será eternizada em cada gargalhada. Quando esse país finalmente virar uma comédia de final feliz, saiba que você foi o roteirista que começou tudo.

Descanse em paz, Mano Chissale, ou descanse rindo, se for mais a sua vibe. Afinal, rir é o melhor remédio, e você sempre soube disso. Está aí com você, o Mano Jumua Aiuba e sempre lembraremos vocês.   

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Compartilhe o conhecimento
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *