Não somos todos, mas quase lá!
Moçambique, essa terra abençoada por praias paradisíacas, culinária de dar água na boca e… escândalos de corrupção dignos de novela! Sim, porque aqui a criatividade do povo não se limita à música e à dança, ela também se estende ao desvio de fundos, ao desaparecimento misterioso de orçamentos e à arte de fazer uma estrada, um banheiro, uma paragem de machimbombos, uma casa, um muro, custar mais que um foguete para Marte.
Mas veja bem, não somos todos! O problema é que aquele grupinho selecto de “patriotas” faz tanta bagunça que, no final, quem paga o prato é o país inteiro. Matam, superfacturam, compram votos como se estivessem no mercado e, claro, dominam a arte do suborno como se fosse disciplina olímpica. Até nas esquinas, o agente da polícia, que devia proteger, está mais interessado no “refresco” do que no seu BI e carta de condução.
E a imprensa? Bem, a informação aqui é tão bem controlada que, às vezes, a única coisa que a gente sabe é que não sabemos de nada! Quem tenta falar demais, recebe um convite nada amistoso para “tomar um chá” com gente que gosta de resolver problemas no estilo antigo aquele que envolve ameaças e sumiços. Que diga o Ibraim Mbaruco.
No fim das contas, a maioria dos moçambicanos só quer viver em paz, trabalhar, pagar contas e assistir à novela sem interrupção da EDM. Mas como explicar isso para o resto do mundo, quando os protagonistas do espetáculo do terror fazem questão de manter Moçambique nas manchetes pelas piores razões?
Talvez um dia chegue o momento de trocar a corrupção por honestidade, os subornos por salários dignos e o medo por liberdade. Até lá, seguimos confiantes… e com aquela maneira a estilo tio Yado de quem ri para não chorar!
JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA
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