REM: Património da UNESCO

Os gestores da Reserva Especial de Maputo (REM) aguardam, a todo o momento, um posicionamento da Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO) relativo à candidatura daquela estância turística moçambicana ao estatuto de Património da Humanidade.

A revelação foi feita semana passada (sexta-feira) a um grupo de jornalistas, no distrito de Matutuíne, província de Maputo (onde está implantada a estância), por Rodolfo Cumbane, gestor da biodiversidade da Reserva Marinha na REM.

De acordo com Cumbane, a candidatura da Reserva Especial de Maputo “é natural”, tendo em conta que este espaço “é praticamente o prolongamento da iSimangaliso (localizada em Santa Lúcia, em KwaZulu-Natal, na vizinha África do Sul), que ostenta este estatuto desde 1999 (ver revista Prestígio, edição N.º 44, págs. 26/28, de Outubro de 2010).

Cumbane apontou três argumentos adicionais e de maior relevância que acredita que irão impressionar os jurados da UNESCO numa decisão favorável para Moçambique, designadamente detenção de corais de tecobanine, tartarugas de couro e potencialidades marinhas de espécies raras que a REM é das raras áreas hospedeiras das mesmas à escala mundial.

Por estranho que possa parecer, apesar de situado a aproximadamente 70 quilómetros de KaTembe, a Reserva Especial de Maputo, local de uma paisagem deslumbrante, é “desconhecida” de muitos maputenses.

No topo da lista dos visitantes à REM estão turistas oriundos da África do Sul, seguidos dos do Reino da Suazilândia, Moçambique, Estados Unidos da América, Europa e Ásia.

Dados apurados pelo Correio da manhã no local indicam que ao longo do primeiro semestre deste 2017 escalaram a REM aproximadamente 4200 turistas, havendo fundadas expectativas de que com a abertura da estrada KaTembe/Ponta do Ouro haja mais moçambicanos a visitar a REM, que está a beneficiar de um maciço programa de repovoamento da fauna e construção de infra-estruturas modernas para acomodar visitantes.

Refinaldo Chilengue

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