Mulheres perdem batalha
Mulheres – A agitação das eleições parlamentares e provinciais sul-africanas estabilizou-se parcialmente depois da votação e proclamação do vencedor.
O maior mérito da África do Sul é a manutenção da paz e da estabilidade depois das eleições, mesmo com indicadores económicos e sociais no vermelho.
É um dos poucos países africanos em que depois das eleições há menos barulho de acusações de fraude, irregularidades eleitorais, violência e ameaças de guerra.
Entretanto, as atenções estão agora viradas ou concentradas nos nomes para o novo governo de Cyril Ramaphosa.
Por enquanto, as mulheres do ANC perderam batalha na nomeação da maioria dos governadores provinciais.
O ANC já indicou seis homens para cargos de governadores das oito províncias que ganhou nas eleições. A nona província conquistada pela Aliança Democrática, líder da oposição, também nomeou um macho para governador provincial.
As mulheres como maioria da população travaram batalha sem quartel para terem mais cargos na governação das províncias.
A batalha foi muito dura e longa na província de North West, rica em platina.
O exército feminino do ANC atacou forte contra partidários machistas, forçando o partido a recuar por alguns dias, mas depois voltou ao ataque na segunda-feira com o nome de um homem para governador provincial.
As mulheres somam derrotas em várias batalhas pelo poder apesar de serem o maior exército nacional em relação aos homens na África do Sul.
O top seis do comando do ANC apenas tem uma mulher – Jessie Duarte, Secretária-geral Adjunta do partido, eleita no congresso 54 no qual duas mulheres perderam a batalha para presidente do ANC a favor de Cyril Ramaphosa.
A estratégia ofensiva das mulheres é fraca.
Em quase todo o Mundo o chamado sexo fraco tem perdido batalhas pelo poder, apesar de apelos públicos para a necessidade de sua promoção em todos os sectores de tomada de decisão.
Em Moçambique, a economista Luísa Dias Diogo foi derrotada pelo Engenheiro Filipe Jacinto Nyusi na batalha a candidato presidencial.
O mesmo aconteceu nos Estados Unidos da América com Hillary Clinton derrotada pelo empresário Donald Trump.
Em África, as mulheres são a maioria, mas quando se trata de poder perdem com a minoria.
Alguns analistas dizem que os inimigos das mulheres na luta pelo poder são as próprias mulheres.
THANGANI WA TIYANI
Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 22 de Maio de 2019, na rubrica semanal denominada O RANCOR DO POBRE
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