Gilberto Mendes: FMF?

Gilberto Mendes – O mandado do actual elenco da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), liderado por Alberto Simango Júnior, termina em Agosto próximo, mas ainda não há data para a eleição dos novos gestores da modalidade rainha local.

Mesmo assim, as movimentações, se bem que discretas, dos potenciais candidatos, já decorrem no terreno.

O Correio da manhã soube, de fontes geralmente bem informadas, que, para além do actual timoneiro da FMF, o “ex”, Feizal Sidat, também dá sinais de estar interessado em “regressar” ao cadeirão mais apetecível da “Casa do Futebol” de Moçambique.

O empresário Carlos Gilberto Mendes também estará, de acordo com os mesmos informantes, em movimentações para concorrer à liderança da Federação Moçambicana de Futebol (FMF).

Ao que o Correio da manhã apurou, Simango, actualmente no Egipto a acompanhar o CAN/2019 no qual os Mambas nem participam, não esconde o interesse de se recandidatar e tudo faz para evitar estar em exercício fora do prazo, mas nem tudo depende dele.

Falando para o Correio da manhã, muito lacónico, o actor e encenador Gilberto Mendes, de 53 anos de idade, desmentiu que esteja interessado em concorrer à presidência da FMF.

“É boato”, disse Mendes, um dos medalhados pelo Presidente da República, esta terça-feira, por ocasião dos 44° aniversário da Independência de Moçambique em homenagem aos serviços que prestou à Pátria.

Gilberto Mendes, recorde-se, em vão tentou passar nas eleições internas do partido Frelimo para concorrer à presidência do Município da Cidade de Maputo, capital de Moçambique, esforço ganho pelo actual edil, Eneas da Conceição Comiche.

Alguns círculos acreditam que é mais que certa a possibilidade de Gilberto Mendes concorrer, efectivamente, para a presidência da FMF, alegadamente como “prémio de consolação” depois do deslinde do processo que culminou com o “regresso” de Comiche à presidência do Município de Maputo.

O empresário e humorista Gilberto Mendes é uma figura reconhecida da praça pela sua perspicácia e envolvência. Já passou pela Federação Moçambicana de Natação (FMN), onde, segundo alguns analistas desportivos “não foi carne nem peixe”, tentando evitar “levantar ondas”.

Feizal Sidat

Feizal Sidat

Por seu turno, em declarações ao Correio da manhã, por telefone a partir de Moma, província nortenha de Nampula, onde se encontra “em trabalho”, Sidat declinou confirmar ou desmentir se vai ou não concorrer ao “regresso” à liderança da FMF.

“Não confirmo nem desminto. Para mim o mais importante é saber quando é que haverá a reunião da Assembleia Geral. Se este ano ou no próximo. Depois disso é que se pode pensar em candidaturas ou não”.

Perguntamos ao Sidat que trabalho estava ele a fazer em Nampula, ao que nos respondeu nos seguintes termos:

“Faço parte da brigada central (eleitoral do partido Frelimo) mas aproveito fazer trabalho com os desportistas. Ver campos de futebol ir ajudando aqui, ali e acolá (…). Quanto à candidatura volto a dizer que não confirmo nem desminto. O foco é o ciclo olímpico e a convocação da Assembleia Geral, que normalmente é em Agosto de cada quatro em quatro anos”, sublinhou Feizal Sidat.

Simango e os seus handicaps

Alberto Simango Júnior

Um eventual esforço efectivo de Simango para permanecer na liderança da FMF podia deparar com dois handicaps, designadamente o facto de alegadamente não ter consumado, em pleno, o seu compromisso com as associações provinciais no que concerne ao apoio aos clubes da Divisão de Honra e os árbitros que apitam jogos deste escalão, designadamente no que aos prémios de jogos tange.

O segundo seria o menos conseguido desempenho da Selecção Nacional “A” de Futebol, os “Mambas” e respectivo técnico principal, Abel Xavier.

A eliminação dos “Mambas” em todos os seus compromissos, agravado por um ambiente crispado no balneário, pode colocar uma eventual corrida à sua própria sucessão de Simango em “plano inclinado”.

Para todos os efeitos, o mandato de Simango termina, oficialmente, em meados de Agosto próximo e a indecisão quanto à data das eleições chega a ser preocupante. Há, inclusivamente, quem avente a hipótese de as mesmas ocorrerem depois das eleições gerais de 15 de Outubro (presidenciais, legislativas e provinciais).

Novembro termina a época futebolística em Moçambique.

De qualquer das formas, com ou sem data da realização das eleições na FMF as mesmas já “mexem”, se bem que em surdina e os próximos dias vão trazer novos desenvolvimentos.

DENÍSON JÚNIOR & Redacção

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