Menor mata próprio pai

Menor de 12 anos de idade mata próprio pai de 44 anos com um pau em Nampula, Norte de Moçambique, alegadamente em defesa da mãe que estava a ser violentado pelo progenitor.

O crime aconteceu nesta terça-feira (11 de Agosto de 2020), no Bairro de Cossore, na cidade de Nampula, no auge de sucessivos episódios de violência doméstica, de acordo com o jornal electrónico IKWELI, editado na chamada “capital do Norte” de Moçambique.

O periódico refere que o assassinato aconteceu perto das 20 horas, quando o menor desferiu um golpe na cabeça do pai com um pau, tendo este perdido os sentidos e posteriormente sucumbido quando era transportado ao hospital.

O IKWELI cita a criança suspeita de ter morto o próprio pai a afirmar que não tinha intenção de acabar com a vida do seu progenitor, tão somente estava a defender a mãe, que alegadamente estava a ser violentada pelo marido, ora morto.

Acrescenta o jornal que cenas de violência eram frequentes entre o casal e prole, sempre que o ora malogrado regressava a caso embriagado.

O IKWELI cita vizinhos e familiares a afirmar que quando o malogrado ingeria bebidas alcoólicas não apenas atacava os membros da sua família, mas igualmente os que vivem em redor dos seus aposentos.

O jornal cita F. Danilo, esposa do malogrado, a detalhar que tudo começou quando “a minha vizinha veio saber da saúde do meu filho que se encontra doente, e, como o meu marido estava muito embriagado, começou a criar ciúmes acusando a vizinha de estar a planear para levar-me para fora de casa naquela noite para, supostamente, ir me encontrar com um outro homem, foi daí que partiu para agressão”.

F. Danilo e outros membros da família do malograda se dizem “preocupados” com o futuro do menor que matou o pai, porque apesar de não o ter feito intencionalmente pode passar o resto da vida sob estigma, acusado de ser “assassino”.

“Nós os familiares estamos muito sentidos com a perda, mas estamos cientes ele (o menor) não agiu intencionalmente para tirar a vida ao seu pai. Também, estamos preocupados por saber que o menor vai passar os piores momentos, uma vez que os seus amigos e a sociedade em geral passarão a olhá-lo como assassino”, disse um dos parentes, secundado pela dona F. Danilo.

“Já notificamos o caso à Polícia e estamos à espera dos procedimentos legais”, finalizou um membro da família em luto.

 (Correio da manhã de Moçambique)

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