MTN doa vacinas

MTN – Moçambique vai receber nas próximas semanas vacinas contra a covid-19 no âmbito de uma doação da operadora sul-africana MTN a países da região, anunciou e o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

“A MTN, que é uma das nossas empresas a operar em vários países africanos, fez uma doação de 25 milhões de dólares norte-americanos para adquirir sete milhões de doses da vacina contra a covid-19 que serão disponibilizadas a vários países africanos, nas próximas semanas”, disse Ramaphosa numa comunicação na noite desta segunda-feira ao país.

“E será no âmbito deste donativo, que os nossos vizinhos imediatos, com quem estamos também preocupados, como o Lesoto, Essuatíni, Botsuana, Zimbabué, Moçambique e a Namíbia, que são os nossos vizinhos mais próximos e destino de viagem das nossas populações, irão também beneficiar muito em breve com esta iniciativa”, declarou.

O chefe de Estado sul-africano não especificou a quantidade de doses nem o tipo de vacina contra a covid-19 que a operadora irá doar aos países vizinhos.

“Uma quantidade considerável de trabalho foi realizada com o sector privado e estou satisfeito com o forte compromisso de apoiar todos os aspectos do esforço nacional de implantação de vacinas, incluindo financiamento quando necessário, logística, distribuição e administração”, afirmou Ramaphosa.

O chefe de Estado sul-africano explicou que o objectivo do Governo “é garantir doses suficientes para atingir a imunidade de grupo, ou seja, cerca de 40 milhões de pessoas (67%) na África do Sul.

Ramaphosa anunciou também que o Governo sul-africano vai disponibilizar a vacina “a todos os adultos que vivem na África do Sul, independentemente da sua cidadania ou estatuto de residência”.

“Vamos implementar medidas para lidar com o desafio dos migrantes indocumentados para que, como todas as outras pessoas, possamos registar e rastrear adequadamente o seu histórico de vacinação”, adiantou.

“É do interesse de todos que o maior número possível de pessoas receba a vacina”, frisou Ramaphosa.

Na sua comunicação ao país, o Presidente da República vincou que “ninguém será forçado a tomar esta vacina”.

“Ninguém será proibido de viajar, de se matricular na escola ou de participar de qualquer actividade pública sem ter sido vacinado”, salientando que “ninguém receberá esta vacina contr a a sua vontade, nem a vacina será administrada em segredo”, adiantou.

“Quaisquer rumores nesse sentido são falsos e perigosos”, sublinhou Ramaphosa.

A África do Sul, de longe o país mais afectado pela pandemia no continente africano, recebeu nesta segunda-feira o primeiro lote de um milhão de doses de uma vacina contra a covid-19 produzida na Índia, sendo que um segundo lote de 500.000 doses do fármaco produzido na Índia é aguardado no próximo mês, segundo o chefe de Estado, que anunciou mais cerca de 30 milhões de doses da vacina contra a covid-19 para o segundo trimestre deste ano.

O país, que contabiliza mais de 1,4 milhões de infecções do novo coronavírus, ultrapassou também nesta segunda-feira a segunda vaga de contágio, registando o número mais baixo de infecções desde Dezembro (2.548 novos casos de infecção), referiu o Presidente sul-africano.

“Na verdade, a taxa média de novas infecções tem caído constantemente nas últimas três semanas, indicando que já ultrapassámos o pico da segunda vaga. Nos últimos sete dias, a média diária de novas infecções foi de cerca de 5.500, em comparação com pouco mais de 10.000 infecções nos sete dias anteriores”, afirmou.

Com 8,3 milhões de testes de covid-19 realizados desde Março do ano passado, a África do Sul regista mais de 44 mil mortos por covid-19, mais de 1.3 milhão de recuperados e perto de 106 mil casos activos da doença pandémica, segundo as autoridades da saúde sul-africanas. (MTN)

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