A ignorância da LAM

Não adianta discutir e nem aconselhar a companhia de bandeira de Moçambique, ela tem os seus objectivos, as suas agendas, o seu modus operandi, os seus lucros e tudo que cabe na cabeça dela. 

Vive tratando a todos os passageiros como se fossem bebés e sem direito à escolha e nem opinião. Falo isso por causa dos voos entre Moçambique e África do Sul. 

A companhia  continua a dar chips aos passageiros e o mais caricato é que, por cima do pacote, coloca talheres como se fosse possível cortar chips com faca e garfo. O que é aquilo?

Tantos já falaram sobre isso. Custa mesmo a LAM não dar nada aos passageiros? Ou recomendar que cada um deve levar o seu lanche como fazem os professores primários com os seus alunos? Não é normal aquilo que fazem, não sei se estão a cumprir ordens superiores ou mesmo a empresa está falida a ponto de não conseguir oferecer pelo menos um pão com manteiga. Ou comprar inhame e enrolá-lo num saco plástico escrito “LAM, produto nacional, ou a LAM valoriza produto nacional”.

Não basta não terem aviões, não falo de bons aviões, falo de aviões, devem ainda dar chips e dão com orgulho como se tivessem dado algo que do céu desceu nas mãos de João Baptista. Se é que querem melhorar, organizem a frota e os lanches ou dêem espaço a outras companhias que conseguem. 

Divorciar não quer dizer que fracassou ou não foi capaz de manter o relacionamento, há casos em que o divórcio se torna necessário. Render numa batalha mostra maturidade e não frouxisse. A LAM humilha-se sozinha e muito mais humilha os tripulantes ao passarem de mesa em mesa para darem chips com muito sal e agressivo à saúde humana. 

Senhores gestores, o passageiro ou os passageiros devem ser consultados antes de a companhia decidir. Façam um inquérito e vejam as tendências e ajam conforme recomendado pelos passageiros. Sei que também isso fazem, talvez as ordens superiores são mais fortes que o desenvolvimento da companhia. 

Já pensaram em comprar novos aviões? Grandes como um Boeing 777-300e? Já? Ou ficam felizes com aqueles táxis-mota? Se os senhores emprestarem os vossos ouvidos aos passageiros (utentes) serão os melhores ou uma das melhores companhias da África Austral. 

Não quero dizer que o chips não se consome e muito menos que não o podem comprar, mas digo que devem tratar bem os vossos patrões, são eles que mantêm a empresa e não vocês. A vossa ignorância assusta-nos. 

Talvez depois que vocês dão os chips, voltam e riem-se de nós que os recebemos. Às vezes recebemo-los por respeito e chegará o dia em que ninguém os irá receber e voltarão com eles para darem-nos ao senhor ordens superiores

Prestem mais uma vez atenção. Uma empresa que não tenha clientes não tem futuro. E a única vossa salvação é a privatização do espaço. Libertem-no para verem se venderão um só bilhete. 

Somos fortes se todos nos abraçarmos. Somos fracos se cada um luta por si. Vamos juntos resgatar a nossa companhia e o nosso orgulho de moçambicanidade.

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 06 de Maio de 2024.

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