A importancia de investir em jovens africanos

À medida que as populações globais envelhecem, África continua a ser um bastião de promessas juvenis, com cerca de 70% da população do continente com menos de 30 anos. Este grupo demográfico pode ser uma mais-valia – mas apenas se for desenvolvido – capacitando-o através da formação e dando-lhe espaço para participar no crescimento das economias dos seus países.

Em Moçambique, por exemplo, através da Secretaria de Estado e da Juventude, desde 2020, anualmente, o Governo promove o Prémio Jovem Criativo, e impulsiona projectos juvenis em três áreas: criação artística, inovação tecnológica e empreendedorismo.

No entanto, o desbloqueio do investimento do sector privado no desenvolvimento dos jovens continua a ser fundamental, existindo uma necessidade de intervenções específicas do sector. Ao mesmo tempo – com 72 milhões de jovens africanos desempregados – a tarefa de melhorar as competências e capacitar os jovens é enorme.

Isto é especialmente verdade no sector criativo. Aqui, o MultiChoice, assumiu a responsabilidade de desenvolver o seu próprio sector, através das suas academias MultiChoice Talent Factory (MTF) em todo o continente.

As academias MTF oferecem programas de treinamento de um ano para estudantes de 13 países, combinando instrução prática e teórica em disciplinas como cinematografia, edição, produção de áudio e storyteller, para além de oferecerem oportunidade aos estudantes africanos de aprimorar as suas habilidades ao lado de grandes nomes da indústria.

Desde a sua criação, em 2018, o programa da MTF graduou em toda a África mais de 300 profissionais, jovens cineastas que agora estão levando histórias africanas para o mundo. Em Moçambique, concretamente, já são oito graduados, que perfazem cinco turmas, cuja quinta iniciou recentemente os estudos na Zâmbia.

Trata-se de Gerson Amaral e Ludmila Mero (2019), Amarilis Gule & Maira Taucale (2020), Nelson Faquirá e Melissa Babil (2022), Dulany Sedemo e Genilson Matuca (2023) e Hidlson Valentim e Yurchade Machava (2024).

Actualmente, Gerson Amaral trabalha para o canal Maningue Magic e Ludmila numa Organização Não Governamental, tal como Maira Taucale, graduada como a melhor estudante da África Austral e quem recebeu uma formação de três meses em Nova Iorque. Já Amarilis Gule é empreendedora. Nelson Faquirá, por sua vez, venceu recentemente sessão de pitch de projectos ao Maningue Magic e está a produzir a sua segunda série para o canal que estreia em maio e Melissa, sua colega de formação, trabalha como freelancer. Dulany Sedemo e Genilson Matuca, os últimos graduados, encontram-se em estágio na TV Miramar.

Esta realidade moçambicana confirma a pesquisa da MTF, que cerca de 92% dos graduados da MTF Academy passam a trabalhar no sector criativo. Como parte da sua formação, muitos alunos de MTF começam a trabalhar em produções existentes em canais MultiChoice como Maningue Magic e Maningue Magic Kool, bem como Africa Magic, Maisha Africa ou Mzansi Magic.

E é assim que a MultiChoice contribui significativamente para a economia africana em geral – apostando na capacitação dos jovens e produção de conteúdos de qualidade para as suas audiências. A MultiChoice chega a 23,5 milhões de lares, e a mais de 100 milhões de pessoas, em 50 países africanos. Contar histórias africanas de qualidade tem sido a chave do seu sucesso. O investimento no desenvolvimento da indústria de entretenimento, através do MTF, desempenhará um papel crucial para perpetuar esse sucesso no futuro.

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