A teoria de conspiração de Paul Mashatile

O vice-presidente da África do Sul, Paul Mashatile, diz que há um plano, de seus detratores, para remove-lo do cargo, até ao próximo mês de Agosto.

Sem entrar em detalhes, Mashatile disse ao City Press que está a investigar o que motiva estas pessoas que não querem que ele ocupe o actual cargo de Vice-Presidente, o segundo mais alto na estrutura do Estado sul-africano.

Mashatile “abriu” um pouco parte da tal investigação, ao sugerir que os seus inimigos são os mesmos que tentaram impedir a sua eleição, no decurso do 55° Congresso do Congresso Nacional Africano (ANC), realizado em Dezembro do ano passado, em Nasrec, Joanesburgo.

De acordo com o City Press, Mashatile terá dito que estava na posse de informações de que será demitido da vice-presidencia e que leu mensagens que dão conta de que Agosto é o mês em que tal demissão vai ocorrer.

Nas vésperas do Congresso do ANC muito se especulou sobre a suposta relação azeda entre Matamela Cyril Ramaphosa e Paul Mashatile, com certa imprensa a sugerir que Mashatile “sonhava” com a presidência já em 2024.

Ha poucas semanas surgiram, em certa imprensa, notícias sobre supostas ligações de Paul Mashatile a empresários conectados a actos de corrupção, no tempo da captura do estado. As mesmas notícias apontavam uma suposta “vida de luxo” levada pelo Vice-Presidente, supostamente fruto de tais conexões.

“A narrativa é que eu deveria ter vergonha de me associar a pessoas como Edwin e Ndave [os tais empresários] porque a captura do Estado vai retornar por mina via” terá dito Mashatile ao City Press.

Imediatamente, Mashatile refutou tais insinuações tal como condenou o envolvimento dos seus guarda-costas na agressão a 3 militares na via pública. Na sequência os oito guarda-costas foram suspensos até à conclusão do inquérito em curso.

Ramaphosa desdramatiza

Este domingo (09 de Julho) no encerramento, da reunião do Comité Executivo Nacional do ANC, o Presidente do partido e da África do Sul, Cyril Ramaphosa disse que não havia “nenhuma verdade ou substância” nas suspeitas do seu vice.

Ramaphosa disse que confrontou Mashatile sobre o assunto, neste domingo.  “Eu disse a ele, fui eu que o nomeei e sou a única pessoa que pode demiti-lo. Simplesmente não há pensamento, plano ou suspeita de algo nesse sentido”, acrescentou Ramaphosa.

O Presidente diz que também viu e leu a notícia do City Press e “conversei com o vice-presidente. Mashatile não revelou quem ele acredita estar por trás da conspiração para derrubá-lo”, disse ainda Ramaphosa.

O Presidente disse que não tinha conhecimento de nenhuma denúncia de actos de criminalidade envolvendo o seu vice.

RAULINA TAIMO, Correspondente na África do Sul

https://rb.gy/3w9z6

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