Anadarko avança

A multinacional norte-americana Anadarko vai avançar com o projecto de produção de gás natural no norte de Moçambique, afirmou hoje o seu vice-presidente, John Grant, assinalando a complexidade deste tipo de empreendimentos.

“Posso dizer que caminhámos meio caminho e com a ajuda do Governo (moçambicano), podemos avançar a outra metade”, disse Grant, aos jornalistas, após se encontrar com uma delegação do executivo moçambicano, chefiada pelo primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário.

Sem indicar datas para o início da construção da infraestrutura de produção de gás natural, Grant apontou que a Anadarko e o Governo registaram progressos nos aspetos legais e técnicos relacionados com a implementação do projec

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“Tivemos conversas construtivas sobre o reassentamento das famílias [residentes na área do projeto] e reiteramos o nosso compromisso firme de que o reassentamento deve ajudar e promover o progresso social das comunidades”, afirmou o presidente da Anadarko, que lidera um consórcio que descobriu grandes reservas de gás natural no norte de Moçambique.

John Grant sublinhou que a complexidade de projetos de exploração de recursos energéticos aconselha a que não se tomem decisões à pressa, que podem resultar em erros irreversíveis.

Por seu turno, o presidente do Instituto Nacional de Petróleo de Moçambique, entidade que regula o setor de hidrocarbonetos no país, Carlos Zacarias, também declarou que estão criadas as condições legais e técnicas para que se inicie a fase de desenvolvimento do projecto de produção de Gas Natural Liquefeito (GNL).

“É necessário acautelar os procedimentos que terão de ser seguidos para a a implementação do projecto, mas todas as partes sentem que estamos próximos do objectivo final, que é começar com a actividade”, frisou Zacarias.

A Anadarko lidera um consórcio que descobriu grandes reservas de gás natural na bacia do Rovuma, norte de Moçambique, e está a preparar-se para construir uma fábrica de produção de GNL.

Um outro consórcio liderado pela italiana ENI, que inclui a portuguesa Galp, também ganhou uma concessão de gás natural na referida região, estando a finalizar a mobilização do financiamento necessário ao desenvolvimento do projecto de produção de GNL.

 

Redacção

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