Bandidos na África do Sul ultrapassam os limites
Bandidos na África do Sul parecem estarem já a ultrapassar os limites, ao protagonizarem uma acção no mínimo espectacular que até aqui apenas podia se imaginar como parte de um roteiro cinematográfico.
Esta segunda-feira (06 de Novembro de 2023) um grupo de bandidos armados neutralizou guarda-costas armados da ministra dos Transportes da África do Sul, Sindiswa Chikunga, em pleno dia, na autoestrada N3, entre Voslourus e Heidelberg, na província de Gauteng.
A South African Police Service (SAPS) diz que ainda está a tentar localizar os atacantes, de acordo com a porta-voz da corporação, Athlenda Mathe, que acrescentou que “os malfeitores roubaram pertences pessoais da ministra Chikunga e duas pistolas” que estavam na posse dos seguranças, entretanto desarmados.
Ao que apuramos, o carro que transportava a governante foi atacado por homens armados encapuzados que dominaram os guarda-costas que tentavam trocar um dos pneus da viatura da ministra.
Mathe acrescentou que “desde então foi lançada uma caça ao homem, após este incidente sem precedentes, para prender os responsáveis por este ataque”.
O Ministro da Polícia, Bhekokwakhe “Bheki” Hamilton Cele também apareceu em público apenas para referir que “o assalto se registou quando a Ministra viajava de KwaZulu-Natal (uma província limítrofe com Moçambique) para Gauteng”
Segundo relatos de parte da imprensa sul-africana, a ministra Sindisiwe Chikunga terá dito a uma comissão parlamentar que um dos agressores, mascarado, chegou a apontar-lhe uma arma à cabeça e que “terão roubado laptops (computadores portáteis) e um telemóvel”. Os ladrões pouparam-lhe a aliança casamento.
A África do Sul é um dos países do mundo com altos índices de criminalidade, onde há relatos de assassinatos, violações sexuais, roubos de carros de transporte de valores, assaltos a bancos, etc., mas nunca havia sido registado um assalto a um governante, ainda por cima na presença dos guarda-costas.
Os guardas desarmados pelos ladrões estão em licença até que recuperem psicologicamente para retomar o trabalho, enquanto se investiga como o assalto ocorreu.
RAULINA TAIMO, Correspondente na África do Sul