Boicotes e quejandos…
Boicotes e quejandos… – Desde a 1ª hora que este mundial foi atribuído ao Qatar, está prognosticado para o insucesso e há quem rogue pragas para essa maldição!
Logo se levantaram vozes, principalmente das federações de alguns países, das organizações de direitos humanos, dos sindicatos de trabalhadores, dos grupos de LGBT’s, organizações femininas e até alguns craques do futebol do passado, contestaram e criticaram, como o Cantona, Phillip Lahm, Gary Lineker e o próprio mentor desta, Blater, ex-presidente da FIFA, que foi o principal agluitnador de atribuição da sede deste mundial ao Qatar, agora diz que foi um “erro”!
O ex-internacional inglês Gary Lineker, foi até mais longe, sugerindo que os jogadores “gays”, que os há na Premier League, declararem abertamente as suas relações, em plenos estádios do Qatar, sem vergonha. Ora, se não o fazem na Premier League, porque razão transportar isso além fronteiras, onde estas são proibidas e severamente punidas? Não será para provocar e criar mais atritos?
Este 22º campeonato do mundo de futebol vai ser, provavelmente, se já não o é, o mais problemático da história e, se der pra o torto, se alguma coisa correr muito mal, em termos organizativos ou na dura aplicação das leis vigentes e largamente publicitadas pelos organizadores qataris, Qatar vai explodir, porque está numa panela de pressão alta!
Algumas federações de países participantes neste mundial, insurgiram-se na questão do LGBT, e vão protestar nos seus jogos, colocando na braçadeira de capitão, o símbolo de arco-íris que identifica este tipo de pessoas.
Em solidariedade com as mortes dos trabalhadores nestas obras do Qatar, a FIFA está a pensar compensar às familias dos falecidos, quiçá, para atenuar ou limpar a própria imagem da FIFA.
Ainda neste âmbito de solidariedade e protestos, a selecção da Dinamarca,
irá apresentar-se com uma camisola alternativa preta de luto, em homenagem aos
falecidos e feridos na construção destas infraestruras do Qatar para o Mundial de futebol. E, a sua federação foi mais longe, para angariar fundos para essa causa, instituíu um “imposto de golo”, nas suas provas internas, quer profissionais quer amadoras. Cada golo que se marcar nessas provas, vai valer 10 Coroas dinamarquesas, equivalente a 1.30 Euros, para doar os trabalhadores que estiveram envolvidos neste grande projecto de construção. Desde o príncipio de Novembro que isto está em vigor e, estima-se que até ao ínicio do Mundial, a federação possa recolher um valor aproximado de Cem mil Euros! Gesto bonito sem dúvidas.
Com todo este alvoroço, há dias, o Presidente da FIFA, Gianini Infatino, veio tentar pôr água na fervura, pedindo às respectivas federações, calma, ponderação e sobretudo concentração apenas no jogo de futebol, deixando toda a política à parte. A Ucrania, por exemplo, solicitou que o Irão fosse excluído deste mundial, por ajudar a Rússia com armamentos!
FAHED SACOOR (de Londres)
Este 22º campeonato do mundo de futebol vai ser, provavelmente, se já não o é, o mais problemático da história
Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal REDACTOR, na sua edição de 17 de Novembro de 2022, na rubrica denominada OPINIÃO
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