Camionistas bloqueiam vias

Camionistas – Várias estradas que ligam Moçambique à África do Sul foram hoje de manhã bloqueadas por condutores de camiões que estacionaram os veículos e foram-se embora, em protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis nos dois países.

De diversas fontes ficou se a saber que a estrada entre Mbombela, 350 quilómetros a Este de Joanesburgo, e o White River, foi bloqueada por camiões estacionados, o mesmo acontecendo na N4, a autoestrada que liga a cidade à fronteira com Moçambique e ao porto de Maputo, disse o gestor de operações regionais da companhia de segurança de Mbombela, mais conhecida por Nelspruit, Callum MacPherson.

Os preços da gasolina e do gasóleo na África do Sul aumentaram para um valor recorde hoje (vide Redactor N° 6356, pág. 7), dia em que o Governo reduziu o subsídio que dava à compra de combustíveis.

Em consequência, pelo menos oito pessoas foram detidas em Mbombela, de acordo com a Polícia.

De acordo com as autoridades, um dos detidos é acusado de apontar uma arma de fogo aos agentes da lei e ordem; um outro é indiciado de agressão e os restantes seis de violência pública.

O cônsul de Moçambique em Mbombela, Eugénio Langa, confirmou, ao início da noite desta quarta-feira, que no centro da cidade todas as vias que estavam bloqueadas foram desobstruídas, após a intervenção da polícia.

Até a essa hora [início da noite] havia alguma agitação a algumas dezenas de quilômetros do centro de Mbombela.

Uma fonte da Polícia disse que está a monitorar a situação e que agentes reguladores de trânsito foram mobilizados para assegurar o fluxo normal do trânsito.

Logo pela manhã, desta quarta-feira, operadores sul-africanos de transportes decidiram bloquear a EN4 e outras que dão acesso a Mbombela, alegadamente em reivindicação do aumento dos preços dos combustíveis. As estradas afectadas incluem a Machadodorp, o túnel em Emgwenya (Waterval Boven) o cruzamento de Montrose e Karino.

Este bloqueio, que provocou a interrupção do transito por largas horas, aconteceu no exacto dia em que na África do Sul entraram em vigor novos preços dos combustíveis.

A Polícia sul-africana descreve a reivindicação de ilegal

O combustível vale quase 5% do cabaz que compõe o índice de preços, o que vai colocar ainda mais pressão nos rendimentos das famílias e da inflação.

Os protestos dos camionistas sul-africanos surgem na mesma altura de várias greves em Moçambique em protesto contra a subida dos preços dos combustíveis, que terminaram com a promessa do Governo de comparticipar algumas tarifas dos transportes públicos, com a ajuda do Banco Mundial.

RAULINA TAIMO, Correspondente na África do Sultor

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