Caos nos combustíveis

O Centro de Integridade Pública (CIP) de Moçambique considerou hoje que há melhorias no funcionamento do mercado de combustíveis do país, nomeadamente com a actualização dos preços, mas alertou que a situação é ainda caótica.

Os preços de venda ao público dos combustíveis líquidos foram actualizados a partir de 22 de Março de 2017. O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, disse, na Assembleia da República, que a medida foi tomada para se evitar ruturas de combustíveis e que se baseia na decisão de se passar a cumprir a legislação em vigor”, diz o CIP.

Numa nota divulgada hoje na página do Centro, considera-se que “quando é o primeiro-ministro a reconhecer isso, na Assembleia da República, com uma coragem louvável, mas com lamentável impunidade e assumir o compromisso de passar a cumprir a Lei, confirma-se o que o CIP vem dizendo: caos no sector de importação e distribuição de combustíveis líquidos em Moçambique”.

O texto, assinado por Adriano Nuvunga, lembra que a actualização do preço, elogiada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), entre outros, “reduziu o encargo com a política de subsidiar os combustíveis” e prevê que faltem quase cinco meticais por litro.

“A previsão é a de a 19 de Abril se acabar com os subsídios, portanto, o preço de venda ao público vai aumentar nas bombas; mas na revisão do próximo mês, 17 de Maio, deve, em princípio, haver uma redução do preço, a julgar pelo comportamento do metical e dos preços internacionais de combustíveis”.

O CIP promete “acompanhar, a par e passo, as dinâmicas neste sector”, mas critica que o fim da política de subsidiação aos combustíveis tenha acabado “sem que tivesse feito uma avaliação da sua implementação e partilhar os resultados, lições aprendidas e recomendações com a sociedade, o que contraria a promessa do Presidente Nyusi – aquando da tomada de posse – de governar com base no conhecimento científico”.

Redacção

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