Chissinga é desertor
Chissinga – A RENAMO alega que Mariano Nhungue Chissinga, o “comandante” que apareceu esta semana a denunciar perseguições e assassinatos de membros do partido, alegadamente a mando do respectivo líder, Ossufo Momade, “é um desertor”.
Esta alegação foi feita por José Manteigas, porta-voz oficial da RENAMO, na sede deste partido em Maputo, em conferência de imprensa extraordinariamente pontual e muito concorrida.
Todavia, Manteigas animou a confusão prevalecente por não anunciar quando é que a RENAMO podia exibir o coronel Josefa Isaias de Sousa, chefe da contra-inteligência da “perdiz”, alegadamente liquidado com cinco tiros a mando de Momade algures em Gorongosa, na passada terça-feira (de deste Junho), conforme denunciam os “desertores”.
“Cabe ao acusador o ónus da prova, exigimos a esses inimigos da paz e da concórdia social que provem aos moçambicanos até que ponto corresponde verdade o que têm estado a propalar” (sic), argumentou José Manteigas Gabriel.
O porta-voz oficial da RENAMO estendeu as críticas ao presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, por proferir, publicamente, um discurso que “inquieta” o maior partido da oposição na República de Moçambique.
“Esta maneira de ser e de estar perigam o ambiente de honestidade, boa-fé e cordialidade que tem caracterizado os sucessivos encontros até aqui realizados que encorajam e mantem a confiança dos moçambicanos”, alegou Manteigas.
Mariano Nhungue Chissinga apareceu esta quarta-feira na companhia de outros homens armados, à paisana, reclamando estar a falar em nome de combatentes da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO= desencantados com a liderança de Ossufo Momade.
Chissinga exigiu a resignação de Momade até dia 10 de Julho próximo, sob o risco de, desobedecendo, ser “atacado e morto”.
Chissinga acusa Momade de estar a “trair e a destruir a RENAMO e os princípios de Afonso Dhlakama”, morto nas matas de Gorongosa, a 03 de Maio de 2018, oficialmente vítima de doença.
Redacção