CNE e STAE destoaram

CNE e STAE destoaram – Na recente eleição intercalar em Nampula tudo parecia estar a correr às mil maravilhas – campanha eleitoral pacífica e ordeira – até chegar a hora da intervenção crucial dos órgãos eleitorais, a sempre muito contestada coligação STAE e CNE, que, uma vez mais, simplesmente destoou.

O processo começou com as queixas do MDM e Renamo sobre os erros detectados nos cadernos eleitorais, sobre os quais os órgãos eleitorais assumiram a sua existência e prometeram resolver. Não se falou de responsabilização.

Os órgãos eleitorais repetiram que tinham tudo a postos para a realização do pleito, mas já na “hora H” vieram inventar histórias absurdas para justificar falhas, erros e atrasos. Não se espera responsabilização.

Para não variar, a pública empresa Electrecidade de Moçambique (EDM), igualmente sempre acusada de interferir, negativamente, em processos eleitorais, neste “acto isolado” de Nampula não deixou os seus créditos em mãos alheias. Depois de garantias dadas pelo próprio PCA, de que não haveria problemas, na “hora H” houve falhas no fornecimento de electricidade. Ninguém será responsabilizado.

… E as lanternas disponibilizadas pelos órgãos eleitorais como meios alternativos em caso de falha no fornecimento de electricidade eram bestialmente fracas. Ninguém será responsabilizado.

E se alguém questionar ou até rejeitar os resultados que vierem a ser oficialmente  anunciados e “fazer das suas” muitos vão fingir espanto, apelidar e outros vão inclusivamente apelar à rezas.

Por falar em rezas: não seria razoável rezar quanto antes pelo bom desempenho da CNE/STAE  e EDM em momentos eleitorais?

Aliás, a meu ver (já disse isto várias vezes), escusado gastar dinheiro numa alegada educação cívica aos eleitores, que estes demonstram uma excepcional maturidade: não se envolvem em escaramuças, sabem, querendo, se fazer às assembleias de voto tempestivamente e até votar em branco quando assim o entender! Esses recursos devem ser aplicados na educação cívica aos componentes da CNE e STAE, que muito dela precisam, sincera e encarecidamente. Bons no paleio e disseminação de promessas e péssimos a honrar o que prometem. E ainda se dão ao luxo de fazer apelos!

Quanto aos concorrentes, a Frelimo revelou-se uma verdadeira organização organizada, que sabe o que quer e como fazer, numa homenagem à sua máxima segundo a qual “a vitória organiza-se, a vitória prepara-se!”.

A Renamo, uma vez mais, evidenciou a sua postura de improviso e sem um foco definido, isso tudo aliado a uma infantilidade política e desorganização clamorosa.

Relativamente ao MDM parece ter ficado claro tratar-se de um grupo organizado, com foco, mas aparentemente sem uma base de apoio popular sólida, que apenas serve de alternativa dos “anti-Frelimo” na ausência da Renamo em competições eleitorais.

Futuramente, talvez juntar a popularidade da Renamo e a organização do MDM para fazer face à Frelimo, se é que de facto o interesse da “perdiz” e do “galo” é ascender ao poder e não mero protagonismo e satisfação de apetites de alguns convencidos/egoístas.

Desta vez, comparando com eventos idênticos anteriores, posso dizer que a Polícia da República de Moçambique (PRM) teve um desempenho louvável e merece os meus PARABÉNS!

REFINALDO CHILENGUE

 Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã,  edição de 26 de Janeiro 2018, na rubrica semanal TIKU 15!

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