Condição exigida pela Total

Condição exigida pela Total – A suspensão dos trabalhos decorrente da “Declaração de Força Maior” no projecto da petrolífera Total em Moçambique vai manter-se em vigor até que o Governo garanta a segurança na província de forma verificável e sustentável.

“A ‘força maior’ vai continuar em vigor até que o Governo de Moçambique tenha restaurado a segurança e a estabilidade na província de Cabo Delgado de forma verificável e sustentável”, disse a porta-voz da Total, Anastasia Zhivulina, quando questionada pela Lusa sobre qual a previsão de duração da suspensão dos trabalhos.

“É ainda demasiado cedo para fornecer um calendário actualizado do projecto, mas haverá uma consequência”, acrescentou, referindo-se ao atraso motivado pela retirada dos trabalhadores no seguimento dos ataques a Palma, a 24 de Março.

Em causa está a declaração de ‘força maior’ para a retirada de todo o pessoal que estava a trabalhar no projecto de exploração de gás natural, liderado pela Total na península de Afungi, no Norte de Moçambique, e no qual assentam grandes esperanças relativamente ao financiamento do desenvolvimento económico do país.

A petrolífera já tinha afirmado esta manhã que “no ambiente actual, a Total não pode continuar a operar na província de Cabo Delgado de maneira segura e eficiente, por isso todo o pessoal do projeto foi retirado do local e não voltará até que as condições o permitam”.

A empresa “continua comprometida com Moçambique e com o desenvolvimento do projecto da Área 1 quando as condições o permitirem, e continuará a acompanhar a evolução da situação com grande atenção, em estreito contacto com as autoridades”, disse a porta-voz da empresa, quando questionada sobre se a declaração de “força maior” implica a suspensão ou o cancelamento do projecto.

Anastasia Zhivulina referiu que “a ‘força maior’ foi declarada porque a Total é incapaz de cumprir as suas obrigações em resultado da severa deterioração da situação de segurança em Cabo Delgado, um assunto que está completamente fora do controlo da Total”.

Avaliado em 20 mil milhões de euros, trata-se do maior investimento privado em curso em África.

Uma semana depois do ataque de 24 de Março contra a sede de distrito de Palma, a petrolífera retirou todo o pessoal e abandonou por tempo indeterminado o recinto do projeto de gás na península de Afungi, seis quilómetros a Sul da vila.  (Condição exigida pela Total)

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