Conhecida a identidade e sorte

Conhecida a identidade – A moçambicana detida na passada sexta-feira em Lebombo (ver Redactor N 6196, págs. 1 e 2), chama-se Arlinda Zeferino Passe, tem 36 anos de idade e deverá acompanhar o desenrolar do seu processo nos calabouços em Komatipoort, na província de Mpumalanga, na vizinha República da África do Sul.

Esta informação foi confirmada ao Redactor em Lebombo pelo capitão da Polícia da África do Sul Dineo Lucy Sekgotodi, depois da primeira audição em sede de tribunal, da moçambicana Passe e comparsas, durante a qual o juiz determinou as coimas que recaíram sobre os suspeitos, coubendo à Arlinda a mais gravosa: prisão preventiva, por ser estrangeira.

Aos restantes sete – porque mais tarde foi detido também um agente da polícia da África do Sul envolvido no mesmo esquema, Tommy Jania Mhlangane (46) – foi fixada a cada um uma caução de dois mil randes (8.317 MZN), por serem cidadãos sul-africanos.

Vusi Stanley Masuku, de 35 anos de idade, Sipho Mabunda (53) Anthony Zitha (35), Musa Sifiso Lamola (50), Getrude Nkuna (45), Ensiena Mmalaerato Chiloane (52), todos funcionários dos serviços de migração completam a lista dos suspeitos de prática de prática de crime de fraude e corrupção, designadamente emissão de vistos de residência temporária na África do Sul de forma fraudulenta.

Dineo Lucy Sekgotodi referiu que os suspeitos não foram detidos à toa: o grupo era investigado desde Dezembro de 2019 até as autoridades iniciarem as detenções no dia 12 deste Novembro.

O Major-General Zodwa Mokoena, Chefe Provincial da Direcção de Investigação Criminal Prioritária de Mpumalanga, elogiou o profissionalismo dos agentes do Hawks ‘Serious Corruption Investigation, que culminou com a neutralização dos oito suspeitos, assegurado que sobre eles “será feita justiça”.

As detenções foram feitas de forma espectacular pelos agentes da Hawks – uma unidade especializada no combate à corrupção – acto testemunhado pelo Ministro sul-africano de Home Affairs – Assuntos Internos – Aaron Motsoeledi.

Os oito são acusados de formarem uma associação criminosa que se entregava à permissão de entradas e fixação de residência fraudulentas de estrangeiros em território sul-africano.

O modus-operandi deste grupo consistia na recolha de passaportes de interessados, em coordenação com transportadores semicoletivos de passageiros que fazem cross-border (cruzamento de fronteiras). Chegados na fronteira, os documentos de viagem eram carimbados para saída e depois entrada e/ou extensão de residência temporária enquanto os seus titulares continuavam dentro do território sul-africano, mesmo depois de expirar o prazo de 90 dias de estadia permitida nos pelo protocolo da migração da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Os principais clientes deste esquema fraudulento são cidadãos de nacionalidade moçambicana, zimbabweana e malawiana.

Esta prática podia, na eventualidade de os “beneficiários” destas práticas em Moçambique designadas de “boladas”, serem suspeitos de práticas de crime dentro ou fora da África do Sul, baralhar os esforços das equipas de investigação, de acordo com criminologistas.

A África do Sul acolhe a maior comunidade moçambicana no estrangeiro, mas muitos emigrantes não têm documentos validos de residência naquele pais vizinho.

THANGANI WA TIYANI, CORRESPONDENTE NA ÁFRICA DO SUL

Este artigo intitulado “Conhecida a identidade e sorte da moçambicana detida em Lebombo” foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 19 de Novembro de 2021.

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