Criança morta em ataque

Criança de 11 anos morreu e quatro pessoas ficaram feridas num novo ataque armado contra um autocarro de passageiros no centro de Moçambique, de acordo com testemunhas e autoridades.

A criança foi atingida por várias balas e viria a morrer a caminho do hospital distrital de Gondola, na província central moçambicana de Manica, para onde tinha sido transferida com outros feridos.

“Estávamos em aproximação a Inchope e de repente ouvimos tiros. No meio da agitação, eu mesmo percebi que tinha sido alvejado”, contou Noémio Gonçalves, um sobrevivente, enquanto recebia cuidados médicos no hospital distrital de Gondola.

“Só ouvimos tiros, pouco depois de termos reiniciado a viagem” descreveu à Esmeralda Goliate, outra sobrevivente.

Desconhecidos dispararam rajadas de balas contra o autocarro a cinco quilómetros de Inchope, junto à Estrada Nacional 1 (EN1), província de Manica, pelas 06:00 locais.

O ataque que causou a morte da criança ocorreu numa área densamente habitada, sem histórico de emboscadas.

O autocarro da transportadora Nagi e os passageiros tinham pernoitado na vila da Gorongosa, de onde partiram cerca das 05:00 para completar a viagem de Nampula (Norte) para Maputo, capital (Sul).

Pelo menos 24 pessoas já foram mortas a tiro desde Agosto de 2019 em ataques armados no Centro do país, acções geralmente atribuídas a guerrilheiros dissidentes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).

Os agressores pertencerão a uma autoproclamada Junta Militar da Renamo, liderada por major general Mariano Nhongo, ex-dirigente da guerrilha, que contesta o presidente da Renamo, Ossufo Momade, e as condições dos acordos de paz celebrados em Agosto de 2019.

Mariano Nhongo diz que se rebela da gestão de Momade porque este terá traído os princípios que durante mais de 40 anos da existência da RENAMO nortearam a organização que desde 1976 combate o partido Frelimo no poder desde a independência de Moçambique do jugo colonial luso, em 25 de Junho de 1975.  

(Correio da manhã de Moçambique)

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