Cultura de entreajuda africana

Cultura de entreajuda africana foi assassinada pela economia de mercado e valores morais estão doentes.

Na fronteira moçambicana de Ressano Garcia com a África do Sul proliferam criminosos que interpelam viajantes com promessa de ajuda e no final cobram ou roubam dinheiro ou bens valiosos.

O Rancor do Pobre denunciou no jornal Correio da manhã cobrança de dinheiro para urinar ou usar casas de banho no recinto do posto da fronteira de Ressano Garcia.

Agentes da polícia de guarda-fronteira tentam impor a ordem, perseguindo falsos samaritanos conhecidos e tolerados durante vários anos nos quais ficaram viciados.

Mulheres são sexualmente violadas do lado sul-africano por falsos samaritanos que oferecem ajuda para viajantes sem documentos de viagem.

No interior do país arco íris de Desmond Tutu e Nelson Mandela ajuda gratuita mudou de figura para pior. Qualquer serviço prestado em nome de entreajuda africana paga-se e caso contrário a cobrança é feita coercivamente com violência ou vandalização de propriedade de pessoa “ajudada”.

Arrumadores autoproclamados de carros nas ruas ou supermercados de Maputo, Joanesburgo, Durban ou Cabo oferecem serviços pretensamente gratuitos, mas depois cobram e quando a ajuda não é paga o beneficiado pode ser violentado de várias maneiras que incluem vandalização de sua viatura. Tornou-se perigoso para qualquer pessoa perdida pedir endereço a indivíduo estranho na rua porque se não tiver dinheiro para pagar pela ajuda pode ser violentada, particularmente quando é estrangeiro.

O continente berço da humanidade perdeu a cultura de entreajuda. Diz-se que a culpa é da economia de mercado na qual não há nada mahala – gratuito.

Igrejas que no passado eram santuários da fé gratuita para necessitados tornaram-se centros de negócio.

Praticantes da medicina natural facturam pela prestação de serviços a doentes. Tudo se vende e tudo se paga.

A cultura de entreajuda africana foi brutalmente assassinada pela economia de mercado, agravando O Rancor do Pobre.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 23 de Outubro de 2019, na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE

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