Cultura de paz – Chissano

Cultura de paz – O antigo Presidente da República de Moçambique e do partido Frelimo, Joaquim Alberto Chissano, exorta os moçambicanos a manterem a “calma” e “cultura de paz” para que as futuras gerações vivam em prosperidade.

Os comentários de Chissano foram feitos esta terça-feira em pleno Departamento de Pediatria do Hospital Central de Maputo (HCM), onde passou alguns momentos do seu 80° aniversário a conviver com algumas crianças ali internadas.

Chissano insistiu na necessidade de serenidade e paz numa altura de debate pós-eleitoral em Moçambique.

O antigo estadista aproveitou o dia do seu aniversário para se deslocar à maternidade adstrita ao HCM onde foi proceder à oferta de enxovais a algumas mulheres que deram à luz nos primeiros instantes do dia do seu aniversário.

“A cultura de paz faz-se no ambiente em que vivemos desde criança”, declarou o ex-chefe de Estado moçambicano.

Referindo-se ao ambiente que encontrou na pediatria e maternidade do HCM, Joaquim Chissano assinalou que o sector de saúde evoluiu desde a independência do país em 1975, mas o país precisa de mais progressos para que as futuras gerações vivam livre de doenças.

“O que aqui vejo não tem nada a ver com o que se tem dito [sobre a degradação dos serviços de saúde]. Estes serviços são uma amostra da evolução que o país registou”, defendeu Chissano, que foi Presidente moçambicano entre 1986 e 2005.

O antigo chefe de Estado frisou que a melhoria dos cuidados de saúde depende de um ambiente de estabilidade.

Questionado pelos jornalistas sobre os resultados das eleições da última semana, que dão vitória ao seu partido Frelimo, no poder, e ao candidato presidencial Filipe Jacinto Nusi, o antigo chefe de Estado escusou-se a comentar, remetendo qualquer pronunciamento sobre o assunto para depois da divulgação do apuramento final.

“Eu já fui concorrente [em eleições gerais] e aprendi a ficar calado até que as autoridades de direito e com poder proclamem os resultados”, declarou.

Os dois partidos da oposição com lugar no parlamento, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), alegam que houve fraude generalizada e já anunciaram que não aceitam os apuramentos nas províncias que dão vitória ao partido dos “camaradas” nas presidenciais, legislativas e eleições provinciais.

Chissano apelou à RENAMO e ao MDM a pautarem pela serenidade até ao anúncio dos resultados oficiais pelos órgãos competentes.

(Correio da manhã de Moçambique)

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