Rússia congratula Nyusi

Rússia congratulou-se com a “convincente” vitória de Filipe Nyusi e do partido Frelimo nas eleições de terça-feira, referindo que não houve sérias violações detectadas, ao contrário do que dizem a oposição e vários observadores.

Num comunicado esta segunda-feira publicado no seu portal na Internet, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo faz referência aos dados preliminares da Comissão Nacional de Eleições (CNE) para referir que “o chefe de Estado em exercício e candidato do partido Frelimo, Filipe Nyusi, conquistou uma vitória convincente com mais de 70% dos votos”.

“Os candidatos do partido no poder também ganharam com maioria” nas eleições parlamentares e provinciais, acrescenta.

A Rússia refere que a votação foi monitorizada por observadores moçambicanos e estrangeiros e que “nenhuma violação grave foi detectada”.

“Moscovo congratula-se com o sucesso de um evento tão importante na vida política doméstica de Moçambique”, acrescenta o comunicado, descrevendo-o como um “passo significativo no avanço da sociedade moçambicana no caminho da estabilidade política e do desenvolvimento socioeconómico”.

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, pede a repetição das eleições devido a fraude generalizada a favor do partido Frelimo e referiu que foi violado o acordo de cessação de hostilidades, que serviu de base ao acordo de paz de 06 de Agosto, devido à violência política de que os seus membros foram alvo.

Consequentemente, a RENAMO apresentou esta segunda-feira um caderno reivindicativo ao Governo, no qual pontificam seis pontos, para se ultrapassar o imbróglio eleitoral.

O terceiro partido parlamentar, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), anunciou também na semana passada não aceitar os resultados, alegando fraude.

Algumas missões de observação eleitoral nacionais e internacionais, da União Europeia e Estado Unidos da América, anunciaram ter dúvidas e preocupações sobre a qualidade do processo eleitoral, do recenseamento à votação – mas há outras opiniões: a União Africana (UA) classificou-o como transparente e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) considerou-o em linha com as normas internacionais.

(Correio da manhã de Moçambique)

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