Jornalista ameaçado
Desconhecidos têm estado a perseguir e a lançar ameaças contra o jornalista moçambicano e director editorial do semanário Dossier & Factos, Serôdio Towo, alegadamente porque anda a falar mal do Governo e dos “donos de Moçambique”.
“Quem chama atenção, amigo é. Então, eu queria-te informar que esses assuntos que vocês estão a tratar sobre questões do governo é bom abandonar, senão vão te criar muita confusão. Quem avisa melhor amigo é. Dizer mais, esta república foi libertada de uma forma…”, e caiu a linha, antes de o indivíduo finalizar a sua oração intimidatória ao proprietário e director da ST Projectos e Comunicação, empresa que detém a titularidade e edição do Dorrier & Factos.
Trata-se de mais um episódio de outros tantos que neste Moçambique já geraram cadáveres, feridos, viúvas e órfãos, quando aos quatro ventos docilmente se apregoa que o país goza de uma democracia e liberdade de expressão e de imprensa perenes.
Os que desta vez andam a ameaçar Towo disseram, numa das chamadas, quase de forma explícita, que o jornalista devia parar de criticar o governo, actualmente sob a presidência de Filipe Jacinto Nyusi, porque se assim continuasse “teria muita confusão”.
De acordo com um comunicado mandado emitir por Towo, acompanhado por um dos áudios que o jornalista logrou registar, a ameaça foi feita no sábado a partir de um número devidamente identificado, tendo a pessoa se apresentado como sendo Socula Condwana.
Em Moçambique todos os detentores de números de telefones móveis e fixos são identificados pelas respectivas operadoras antes de obterem as devidas licenças pelo que, querendo, quem de direito facilmente pode chegar aos emissores das ameaças ao jornalista Serôdio Towo, a quem vai a solidariedade do corpo redactorial da SOJORNAL.
Redacção