Directora provincial xenófoba

Directora  – Consciente ou não, Phophi Ramathuba, membro do governo da província de Limpopo, na África do Sul, com estatuto de directora provincial da Saúde, proferiu um discurso de cariz xenófobo que está a dividir opiniões e a viralizar nas redes sociais.

Basicamente, ela aparece num vídeo a afirmar que o sistema de saúde da província do Limpopo, que faz fronteira com Moçambique, está sobrecarregado por causa dos expatriados, “principalmente imigrantes indocumentados”, provenientes de Moçambique e do Zimbabue.

Phophi Ramathuba fez os seus comentários quando visitava um hospital de Bela Bela e se dirigia a uma paciente zimbabweana indocumentada, acamada, após ser operada, dias antes.

No referido vídeo, Ramathuba condena os estrangeiros que, na sua óptica, “saltam” a fronteira só para usar os hospitais sul-africanos.

Confrontando a paciente zimbabweana, Ramathuba diz claramente que “o orçamento atribuído à província para os cuidados de saúde é para os sul-africanos, com base nas estatísticas da população da província”.

No mesmo vídeo ela menciona os moçambicanos ao afirmar que “estamos ocupados em retirar os moçambicanos indocumentados de todo os lados. E você [referindo-se a paciente zimbabweana] não está registada em nenhum sítio e não está contada. Você é ilegal e estás a abusar da minha pessoa…. Isso é injusto. Eu não posso ir ao Zimbabwe para ter cuidados médicos…. Se eu precisar de ir ao Canadá para ter cuidados médicos tenho que ter o respectivo visto”, disse Ramathuba, no vídeo, para depois sugerir que a paciente zimbabweana seja deportada depois de pagar pela assistência médica.

Rapidamente, o assunto mereceu acesos debates no “tribunal das redes sociais”, com a maioria a defender que Phophi Ramathuba é xenófoba.

A organização Kopanang Africa Against Xenophobia veio a público defender que “não se pode menosprezar alguém simplesmente por causa de sua nacionalidade.  Não se pode agir de maneira tão humilhante simplesmente porque alguém não fala uma determinada língua”

Em defesa da Phophi Ramathuba apareceu a vice-ministro da saúde, Sibongiseni Dhlomo, que diz não acreditar quea directora Ramathuba seja xenófoba acrescentando, contudo, que não deveria ter desabafado em frente à paciente.

Curiosamente, o Fórum dos Exilados do Zimbabwe também diz que Ramathuba não é xenófoba e que apenas disse a verdade.

O fórum culpa o presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, pelos zimbabweanos que migram para os centros de saúde da África do Sul. “É verdade que estamos sobrecarregando o sistema de saúde da África do Sul. Ela [Ramathuba] forneceu informações factuais sobre os sul-africanos que são atendidos no sistema de saúde.  Agora há tantos zimbabweanos que estão aqui, não porque eles querem, mas por causa de circunstâncias além de seu controle”, disse Tino Mambeu, do Fórum dos Exilados do Zimbabwe na RSA.

RAULINA TAIMO, Correspondente na África do Sul

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