Dois comunicados diferentes

Dois comunicados diferentes  – Eish…eish…o Rancor do Pobre corre o risco de chumbar na cadeira ou disciplina de Periodicidade Regular Semanal por acumulação de faltas injustificadas perante o seu patrão – o leitor.

As faltas coincidiram com a agitação das festas do Natal e do final do ano de 2018. O Rancor do Pobre deu-se férias sem autorização do patrão, mas a detenção em Moçambique do sul-africano André Mayer Hanekom, acusado de patrocinar grupos extremistas que aterrorizam as populações na província nortenha de Cabo Delgado e a detenção na África do Sul do deputado e antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, forçaram a interrupção das férias auto atribuídas para acompanhar o desenvolvimento dos dois casos.

O Rancor do Pobre que tem grande fobia com Direito, depois do julgamento forjado e crucificação de Jesus Cristo no regime de Pôncio Pilatos, espera que a justiça seja feita justamente para minimizar o rancor do povo que sofre com a fraude envolvendo projectos marítimos avaliados em dois mil milhões de dólares norte-americanos em Moçambique e a violência extremista nas comunidades pobres de Cabo Delgado.

Estranho, porém, foi o secretismo que envolveu a reunião dos presidentes Cyril Matamela Ramaphosa, da África do Sul, e Filipe Jacinto Nyusi, de Moçambique, realizada nesta segunda-feira em Maputo. Não houve declarações para a Media pelos dois presidentes ou seus representantes.

No final da reunião, a África do Sul lançou um comunicado de imprensa com 17 pontos sobre o encontro, alegadamente emitido em Maputo, sem qualquer referência à discussão sobre as detenções de Chang na África do Sul e de Hanekom, em Moçambique.

Horas depois do comunicado lançado pelos sul-africanos, o governo de Moçambique lançou o seu comunicado com 21 pontos sobre o mesmo encontro dos dois presidentes.

Os dois comunicados são diferentes colocando dúvidas ao público sobre assuntos que terão sido efectivamente abordados na reunião de Maputo.

O comunicado dos moçambicanos indica que as detenções de Chang e de Hanekom foram abordadas, mas os dois presidentes observaram a necessidade de aguardar pelo curso normal de justiça e deixarem as instituições competentes realizarem o seu trabalho no âmbito da separação de poderes.

O sul-africano está, entretanto, em liberdade sob fiança e o moçambicano continua a ver o sol aos quadradinhos na cadeia de Modderbee e poderá ser extraditado para Estados Unidos da América, país que encomendou a detenção.

São efeitos do Rancor do Pobre defraudado…! 

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Correio da manhã do dia 16 de Janeiro de 2019 na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE

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