Em busca de interessados pelo Aeroporto Filipe Nyusi
Em busca de interessados pelo Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi, localizado no distrito de Chongoene, na província meridional moçambicana de Gaza, uma comitiva da empresa dona daquela infraestrutura vai trabalhar em Joanesburgo, capital económica da África do Sul, este fim-de-semana.
Esta investida acontece dias depois de o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa Aeroportos de Moçambique, Américo Muchanga, ter sido citado por um jornal a afirmar que o Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi, oficialmente inaugurado em 2021, “ainda não começou a render satisfatoriamente na arrecadação de receitas aeroportuárias” e que o mesmo “ainda está em crescimento”.
Na “cidade do ouro” a comitiva da empresa Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi tem previstos dois encontros, o primeiro, este sábado (18 de Novembro) com a direcção da Associação dos Trabalhadores Moçambicanos nas Minas e Farmas da África do Sul (ATMIFAS) e, o segundo, no domingo (19 de Novembro) com os líderes da comunidade moçambicana em Joanesburgo.
Aparentemente, a ideia é animar a comunidade moçambicana radicada na África do Sul em geral e os mineiros em particular a privilegiar a via aérea nas suas movimentações da terra do Rand para Moçambique e vice-versa.
Muitos dos mineiros e membros da comunidade moçambicana na África do Sul são oriundos de Gaza e outras regiões do Sul de Moçambique.
Nos dois encontros, o Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi pretende convencer os mineiros e a comunidade sobre as vantagens de usar esta infraestrutura para flexibilizar o regresso à casa, que tem sido caótica por alturas da quadra festiva.
É ponto assente que serão abordadas as iniciativas levadas a cabo por companhias aéreas, como a LAM, Airlink e a SafAir, que actualmente voam para Maputo, Inhambane e Vilankulo, mas que vão desenhar pacotes atractivos para a quadra festiva que se avizinha.
Nos últimos tempos estas companhias têm feito promoções nos voos, por exemplo para Maputo, cuja passagem chega a ser vendida a 750 rands (aproximadamente 2.600 MZN).
A Associação dos Trabalhadores Moçambicanos nas Minas e Farmas da África do Sul há muito que tinha manifestado a disponibilidade de seus membros usarem o transporte aéreo para o regresso a casa.
Porém colocava um obstáculo que tem que ver com o não reconhecimento do Passaporte castanho (reservado aos mineiros e trabalhadores das farmas) nas operações aeroportuárias, pelo menos na África do Sul.
Resta saber que passo foi dado no sentido de o Passaporte dos mineiros não servir apenas nos postos de travessia terrestres.
RAULINA TAIMO