Eni: projecto do Coral Sul

A petrolífera Eni confirmou hoje que vai lançar quinta-feira o projecto de gás natural liquefeito no Coral Sul, província moçambicana de Cabo Delgado, numa cerimónia com a participação do Presidente de Moçambique e do líder da empresa italiana.

“A cerimónia de lançamento do projecto Coral Sul vai ter lugar amanhã [quinta-feira] em Maputo”, disse um porta-voz da petrolífera italiana citado pelos organizadores do evento em Maputo, que acrescentam que o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o presidente executivo da empresa, Claudio Descalzi, estarão presentes na cerimónia a decorrer num dos mais emblemáticos hotéis da capital moçambicana.

O consórcio liderado pela Eni, que inclui a petrolífera portuguesa Galp, para além da sul-coreana Korea Gas e a moçambicana Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, vai investir oito mil milhões de dólares norte-americanos para explorar seis poços que serão ligados a uma plataforma, na qual o gás vai ser transformado num líquido para poder ser exportado.

O projecto pretende explorar as enormes reservas de gás natural em Moçambique, nas águas profundas do Bacia do Rovuma, onde a Eni fez a primeira grande descoberta no país em 2011.

Uma das imagens institucionais da ENI
Uma das imagens institucionais da ENI

O gás que será explorado vai ser vendido na totalidade à BP, que em Outubro assinou um acordo com o consórcio para a compra da totalidade da produção durante 20 anos.

A norte-americana Anadarko Petroleum também planeia um investimento significativo em Moçambique, com um projecto orçamentado em 15 mil milhões de dólares norte-americanos.

A cerimónia de lançamento do projecto é uma boa notícia para Moçambique, um país que atravessa uma crise orçamental, económica e financeira que resultou da contração de empréstimos escondidos em 2012 e 2013, no valor de USD 1,4 mil milhões.

Como consequência, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, para além dos doadores, suspenderam a ajuda financeira, o que originou um conjunto de medidas de austeridade que abrandaram o crescimento económico para 3,8%, no ano passado, cerca de metade do valor registado no ano anterior.

Redacção

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