Ensaio da “guerra fria”

“Guerra fria” Eish…eish...estou com medo depois da recente visita do chefe da diplomacia russa a Moçambique e da revogação do artigo da Constituição chinesa que estabelecia limite de dois mandatos cumulativos de 10 anos para presidente da China.

Falando honestamente, estava satisfeito com o ressurgimento do poderio da Rússia no meio de excessos de abusos dos Estados Unidos da América nas relações internacionais, depois da queda do muro de Berlim no início da década de 1990. Os países fracos, sobretudo africanos, estavam numa situação de orfandade.

A Rússia travou a queda do governo de Bashar Al-Assad, da Síria, combatido sem dó nem piedade pelos americanos apoiados pelos seus aliados britânicos & companhia.

Infelizmente, a Rússia, de Vladmir Putin, não conseguiu travar os assassinatos de Saddam Hussein, do Iraque, Moummar Khaddafi, da Líbia, e a destruição dos seus respectivos países pelos ocidentais.

Que pena, meu Deus. George Bush filho, Tony Blair e Nicolas Sarckozy, da Franca, deviam ser julgados e condenados no Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra contra a humanidade cometidos no Iraque e na Líbia.

A China, com a sua diplomacia económica discreta e silenciosa, tem servido de tábua de salvação dos países africanos em situação de bancarota sem impor condicionalismos de respeito pelos direitos humanos aplicados na factura da ajuda dos países ocidentais que escravizaram e colonizaram os africanos como selvagens sem direitos durante dezenas de anos.

No entanto, a recente eliminação do artigo constitucional que limitava os mandatos presidenciais na China pode estimular apetites dos líderes africanos para fazer copy & past do procedimento chinês nos seus países.

A limitação de mandatos de governação ajuda a renovar a esperança adiada dos governados para melhores condições no continente mais pobre, analfabeto, doente e corrupto do Mundo.

Vladmir Putin anunciou que a Rússia produziu armas supersónicas com capacidade de atravessar o Mundo sem serem detectadas.

A musculatura armamentista da Rússia, de Putin, e a mudança constitucional na China podem ser aproveitadas pelos ocidentais para agudizar o conflito político-ideológico entre os dois blocos.

A África Austral pagou uma factura muito elevada da guerra fria entre os dois blocos antagónicos.

Espero que a recente visita do chefe da diplomacia russa a Moçambique não seja sinal de reactivação das suas antigas alianças militares em preparação de regresso da guerra fria.

Que Deus salve os pobres dos horrores da guerra fria.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 14 de Março de 2018 na rubrica O RANCOR DO POBRE.

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