Ethiopian ameaçada

O comité sindical das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) quer impedir que a companhia Ethiopian Airlines passe a ter uma subsidiária a fazer voos domésticos na chamada “Pérola do Índico”, anunciou em comunicado.

“Os trabalhadores da LAM pedem a quem de direito que reponha a legalidade e tome medidas no sentido de que sejam salvaguardados os interesses nacionais”, lê-se no documento, publicado no formalmente tido como jornal de maior circulação em Moçambique.

Segundo o comité sindical “a Ethiopian Airlines não pretende servir os objectivos da economia nacional moçambicana”, mas sim, “alimentar e robustecer a economia etíope, através de um plano de expansão predatória”.

Até 2017, só a LAM podia fazer voos domésticos, mas uma alteração à lei passou a permitir a entrada de outros operadores, o primeiro dos quais foi a Fastjet, que desde há um ano faz voos entre Maputo e algumas capitais provinciais.

A Ethiopian Mozambique Airlines anunciou para breve a entrada em actividade em Moçambique (Correio da manhã Nº 5446, págs. 1 e 2).

O comité sindical refere que a LAM deve ser preservada e defendida e nota que a nova gestão, empossada em Julho, “está a dar sinais de melhoria na operação da empresa”, até então prejudicada por atrasos e falhas nos voos.

O anúncio do comité sindical da LAM foi mandado inserir justamente no dia em que o Director Geral da LAM fez a sua primeira aparição numa conferência de imprensa em Moçambique para dar a conhecer o ponto de situação da transportadora e indicar as estratégias futuras para enfrentar o ambiente no mercado em que opera.

Redacção

 

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