EUA emite alerta

EUA – Estados Unidos da América, por via da sua embaixada em Maputo, emitiu hoje um alerta de segurança acerca de viagens a alguns locais de Moçambique, devido à violência eleitoral e aos ataques armados no Norte do país.

“Devido à violência extremista nos distritos a Norte de Pemba, província de Cabo Delgado, violência recente contra grupos da sociedade civil em Xai-Xai, província de Gaza [sul do país] e ameaças credíveis na cidade de Nampula [Norte], a embaixada incentiva os cidadãos dos EUA a reconsiderar viagens para essas áreas”, lê-se no portal da embaixada na Internet.

As eleições gerais estão marcadas para terça-feira, 15 deste Outubro.

A campanha eleitoral, que termina no sábado, “foi marcada por um recente aumento de tensões, incluindo alguma violência política”.

“Embora a embaixada dos EUA espere que as eleições sejam relativamente calmas na maior parte do país e reconheça que o Governo moçambicano está a trabalhar diligentemente para garantir que as eleições sejam seguras e ordenadas, lembramos aos cidadãos dos EUA que devem permanecer vigilantes”, acrescenta-se no alerta.

O documento recomenda que se evitem assembleias de voto e prédios do Governo no dia das eleições e aproximação a manifestações e multidões inesperadas.

Um observador eleitoral e dirigente de organizações locais foi morto a tiro na segunda-feira, em Xai-Xai, num crime que a polícia admitiu que terá sido executado por alguns dos seus agentes.

O homicídio gerou repúdio geral e surge na sequência de outros incidentes violentos envolvendo membros partidários ou pessoas ligadas ao processo eleitoral.

Na província de Cabo Delgado, ataques de grupos armados com aparente inspiração extremista islâmica, mas mentores desconhecidos, duram há dois anos e já terão provocado, pelo menos, 250 mortos.

Estes ataques têm suscitado dúvidas sobre a segurança para a população votar na terça-feira.

Um total de 12,9 milhões de eleitores moçambicanos vão escolher, na terça-feira, dia 15, o Presidente da República, dez assembleias provinciais e respetivos governadores, bem como 250 deputados da Assembleia da República.

(Correio da manhã de Moçambique)

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