Ideiais de Samora intactos

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que, passados 30 anos após a morte do primeiro chefe de Estado de Moçambique, Samora Machel, as suas ideias e profecias continuam actuais, considerando-o um “alicerce da nação moçambicana”.

“Trinta anos depois, as ideias e as profecias de Machel continuam”, disse Filipe Nyusi, falando durante a cerimónia do 41.º aniversário da independência de Moçambique, que marca, em simultâneo, o início das celebrações dos 30 anos após o acidente de Mbuzini, que vitimou Samora Machel, a 19 de Outubro de 1986.

Destacando o papel de Samora Machel no estabelecimento das relações de amizade com outros povos, Filipe Nyusi disse que as celebrações do 41 anos de independência em Moçambique consagram os feitos do primeiro Presidente da nação, um homem que “projectou Moçambique no tempo e no espaço”.

“Nenhum nome se confundiu tanto com o nome de Moçambique como o nome do Samora Machel”, afirmou o chefe de Estado moçambicano, que considera que o carácter e a postura do primeiro Presidente de Moçambique devem ser tomados como exemplo.

Para Nyusi, Samora Machel “permanecerá uma referência viva” para as próximas gerações e as suas lições perduram, motivando os moçambicanos a posicionarem-se firmemente perante aos desafios que o país enfrenta.

“O Presidente Machel permanece vivo”, declarou, acrescentando que a história do antigo chefe de Estado constituiu um orgulho para os moçambicanos.

O avião presidencial em que seguia Samora Machel, um Tupolev de fabrico russo, despenhou-se na localidade sul-africana de Mbuzini e os Governos de Moçambique e da África do Sul, quando neste país ainda vigorava o sistema racista do “apartheid”, divergiram quanto às razões da queda do avião.

Maputo acusou Pretória de ter provocado a queda do aparelho, como forma de travar Samora Machel no apoio que prestava à causa “antiapartheid”, enquanto as autoridades sul-africanas da altura imputaram a responsabilidade a erros de pilotagem.

Os sucessivos governos do Congresso Nacional Africano (ANC), partido que subiu ao poder após o fim do “apartheid” e aliado da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no Governo em Moçambique, prometeram reabrir as investigações em torno do acidente, mas até ao momento não se conhecem os resultados.

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