Idoso enterrado vivo

Idoso assassinado – Nove das 20 pessoas suspeitas de assassinar um idoso de 75 anos de idade na cidade de Maxixe, na província meridional moçambicana de Inhambane, deverão aguardar a marcha do processo-crime contra eles accionado sob reclusão, conforme deliberação do Tribunal Judicial local.

Os restantes 11 deverão responder pela acusação em liberdade, de acordo com o mesmo tribunal.

Entre os detidos, estão um filho e um sobrinho do finando, todos apontados como os “cabecilhas” do linchamento do idoso.

No total são 20 as pessoas acusadas de matar o ancião, que foi obrigado a preparar a cova na qual foi mandada entrar e posteriormente coberto de areia até à morte, aparentemente por asfixia.

Depois do sepultamento, os presumíveis assassinos foram se entregar no comando da Polícia da República de Moçambique (PRM), na Maxixe, confessando a prática do acto.

A PRM decretou a detenção de todos os presumíveis assassinos confessos.

Feita a triagem e apurado o grau de envolvimento de cada um dos membros desta família no crime, o tribunal judicial decidiu constituir arguidos, todos os 20 envolvidos no assassinato, entre eles mulheres e indivíduos aparentemente na casa da terceira idade.

A vítima encontrou a morte depois de ter sido obrigada e cavar a sua própria sepultura e posteriormente enterrada viva, por suspeitas de feitiçaria.

O episódio do último sábado não foi o primeiro do género naquela família. Há três anos, as mesmas pessoas amarraram a vítima e atiraram-na no Rio Nhanombe, na tentativa de liquidá-lo, mas miraculosamente saiu ileso em circunstâncias até aqui não esclarecidas.

Refira-se que o assassinato aconteceu depois que a família regressava de uma cerimónia fúnebre de um parente que segundo contam, teria sido mais uma vítima do finado.

O idoso é desde 2000 acusado de protagonizar mortes de integrantes da família através da feitiçaria, actos que teriam levado à morte pelo menos dez pessoas, algumas até filhas do finado.

A família suspeita que o ancião seja o responsável pelas mortes e dos fracassos dos membros da família sobrevivos.

Num aparente à vontade, um dos filhos da vítima diz que participou directamente no assassinato do próprio pai.

Redacção

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