“Infeliz” Guebuza

“Infeliz” , é a avaliação da RENAMO aos comentários de Armando Emílio Guebuza sobre como os antigos guerrilheiros da “perdiz” podem contribuir para enfrentar a “insurgência” que varre Cabo Delgado, Norte de Moçambique.

 A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), maior partido de oposição, considerou hoje “infeliz” a sugestão do ex-Presidente Armando Guebuza, de que antigos combatentes, “incluindo da RENAMO”, poderiam ajudar a travar a violência armada em Cabo Delgado, norte de Moçambique.

“É muita infelicidade do lado dele”, referiu o secretário-geral do partido, André Magibire, numa conferência de imprensa, em Maputo, salientando que o que classifica como um dos principais problemas do país, o dossiê das dívidas ocultas, nasceu durante a governação de Guebuza.

“Muitos se beneficiaram dessas dívidas, inclusive algumas pessoas que estão presas. Nessa altura ninguém chamou o pessoal da RENAMO para se beneficiar de qualquer coisa”, mas agora, “porque é para ir para Cabo Delgado e morrer, já querem que os homens da RENAMO vão para lá”, disse.

André Magibire, Secretário-Geral da RENAMO

“Estamos comprometidos com a paz e o bem-estar das pessoas”, acrescentou.

O antigo Presidente moçambicano defendeu na sexta-feira que se deve aproveitar a experiência de quem combateu na luta de libertação e na guerra civil dos 16 anos, incluindo a oposição, para travar a violência armada em Cabo Delgado.

“É fundamental a exploração das capacidades instaladas ao longo destes anos todos, mesmo as da RENAMO [principal força de oposição em Moçambique]. Fizeram [a guerra civil] dos 16 anos, será que estamos a trabalhar com eles para encontrar soluções para este problema? Eu acho que não”, disse, num vídeo divulgado na sua página na rede social Facebook (infeliz).

A província de Cabo Delgado é desde há três anos palco de ataques armados, alguns reivindicados pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico, mas cuja origem continua por esclarecer.

A violência provocou uma crise humanitária com mais de mil mortos e cerca de 250.000 deslocados internos.

(Correio da manhã de Moçambique)

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