Iniciativa dos BRICS

Os líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), juntaram-se em Joanesburgo na décima cimeira do seu grupo para avaliarem a cooperação económica, paz e segurança.

Os cinco países de economias emergências têm 46 por cento da população mundial e geram um terço da produção industrial global.

Nos seus discursos, os líderes dos BRICS condenaram vigorosamente tendências protecionistas e guerra de tarifas comerciais promovidas pelos Estados Unidos da América no mercado internacional.

Segundo o Ministro sul-africano da Industria e Comércio, Rob Davies, sete mil trabalhadores da indústria de aço e de alumínio, na África do Sul, estão na iminência de perder postos de emprego, porque os Estados Unidos da América agravaram taxas de aço e de alumínio importados da África do Sul depois de fazer o mesmo com a China.

Uma jornalista baseada em Washington telefonou para mim durante a cimeira dos BRICS solicitando comentário sobre aquilo que disse ser situação de insolvência do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS, criado há cinco anos. Confesso que foi a primeira vez que ouvi falar de insolvência do banco dos cinco países.

Eu disse à jornalista que não acreditava na insolvência do banco dos BRICS, porque a China, por sinal maior credor dos Estados Unidos da América, não podia deixar o banco cair em pouco tempo.

Membros efectivos dos BRICS  reuinidos em Sandton (Joanesburgo)
Membros efectivos dos BRICS reuinidos em Sandton (Joanesburgo)

Ela argumentou que as economias do Brasil e da Rússia estavam de rastos, sendo que a China sozinha não podia manter o banco com as portas abertas para créditos.

Para mim, os seus argumentos eram sinais claros de que a iniciativa dos BRICS incomoda o chefe do Ocidente baseado em Washington.

Aliás, países ocidentais sempre tiveram atitude de hostilidade para com a China e com a Rússia.

Os BRICS abriram as portas para maior cooperação com os países africanos em vias de desenvolvimento e convidaram alguns chefes de Estado e de governo africanos para um diálogo sobre o comércio e investimento.

O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, disse que na sua intervenção na sessão BRICS-África Outreach que o seu país aprecia a iniciativa dos líderes dos cinco países de dar voz aos sem voz na área internacional.

A emergência da Rússia e da China depois da guerra fria salvou o mundo dos pobres de humilhação e de recolonização.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 27 de Julho de 2018 na rubrica semanal O RACOR DO POBRE!

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