Investimentos da RSA e Índia

A Índia e a República da África do Sul foram os principais investidores estrangeiros directos em Moçambique entre 2003-2015.

Os dados constam de dos resultados de uma pesquisa de Lesley Wentworth sobre abordagens ao Investimento Directo esrangeiro (IDE)  em Moçambique, publicado pelo South African Institute of International Affairs.

Destaques do estudo sobre IDE:d

– “As indústrias extractivas e os grandes projectos de infra-estruturas de apoio associados estão a conduzir o crescimento económico moçambicano há duas décadas. Os investimentos nesses sectores foram apoiados por políticas macroeconómicas liberalizantes e estáveis, por um lado, e uma ampla assistência da comunidade de doadores, por outro”

– “O IDE é um dos principais motores do crescimento económica, mas em 2015 Moçambique registou uma quebra de 28% face a níveis recordes em 2013, embora ainda tenha atingido USD 4.200 milhões (22% do PIB)”

– Principais países-origem de IDE, segundo cálculos da autora com base em várias bases de dados: África do Sul, Índia, Bélgica, Portugal, Finlândia, Reino Unido, Itália

– “Os esforços de reconstrução (pós-2002) vieram principalmente na forma de megaprojetos focados na reconstrução das infraestruturas do país, como a reabilitação do contestado projeto hidroelétrico de Cahora Bassa”
– “A fundição de alumínio Mozal, o principal megaprojecto pós-guerra civil (…) sinalizou a abertura de Moçambique ao sector empresarial estrangeiro, em especial ao sector das exportações. Desde a Mozal, Moçambique conseguiu diversificar a sua base exportadora de um único produto agrícola (castanha de caju) a uma gama de minerais e metais, dominada pelo alumínio”

– “Os principais sectores que beneficiaram do IDE foram a construção, os serviços às empresas, transportes e comunicações, serviços financeiros e extractivos. Continuam a ser cruciais para manter a competitividade em termos de atração de IDE, garantindo simultaneamente sustentabilidade orçamental e da dívida (…).

O sector extractivo continua a ser o motor económico de Moçambique, com o governo a rever o enquadramento jurídico e fiscal para a mineração e os hidrocarbonetos, tendo em vista aumentar as receitas e a participação nacional”.

Redacção

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